Secretaria Graça Carvalho fala sobre a Saúde de Sobradinho (BA)

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Da Redação

A Secretaria de Saúde do município de Sobradinho (Ba) está nas mãos de Graça Carvalho. Com larga experiência na área e em gestão de saúde, a competente secretária faz uma análise dos 10 meses a frente da pasta.

“O primeiro ano de governo é pra se conhecer a secretaria, se organizar e planejar para os próximos anos. Estamos concluindo algumas obras para melhor estrutura dos serviços de saúde do município, recentemente, já implantamos um convênio importante, uma parceria com o governo do Estado que é o Medi em casa, o medicamento em casa, as pessoas que tem hipertensão e diabetes elas vão receber na sua residência o kit com a sua medicação pra utilizar durante 3 meses”, analisa. Para se cadastrar nesse programa, os pacientes deverão consultar o médico na sua Unidade Básica de Saúde (UBS) em sua área de residência e se cadastrar nesse convênio.

A equipe de saúde de Sobradinho é formada por 23 médicos, dividida entres as Unidades Básicas de Saúde, os plantonistas, e os médicos que estão no Centro de Saúde de Referência. “Estamos satisfeitos com a saúde, o prefeito Luiz Vicente não mede esforços para que a gente possa manter essa equipe e depois que concluir as obras, vamos ter um avanço importante nas ações efetivas da saúde”, disse.

Um dos principais problemas é o escasso repasse dos recursos para a saúde, pela lei o município tem que repassar 15% da receita, e concluindo a projeção de contas do mês de agosto, Graça informou que a prefeitura de Sobradinho tem aplicado mais de 16% na saúde do município. “É um volume enorme que Sobradinho ta arcando sozinho, e o município não avança em outras áreas. O prefeito não consegue fazer obras estruturantes no município, pois as receitas da saúde não cobrem as despesas. O subfinanciamento do SUS é algo gritante, porque procuramos manter as ações básicas de saúde, e um setor que temos bastante custo é com o Tratamento Fora do Domicílio -TFD, se a gente não tem o serviço no município tem que mandar para outra cidade, como Juazeiro e Salvador  e até em outras capitais, e isso resulta num alto custo”, informou.

A saúde e educação são as áreas que mais recebem convênios dos governos federal e estadual, mas esses recursos são infinitamente distantes do que a realidade requer, e o município que arca com determinados serviços não avança em outras áreas, como o Saneamento e obras estruturantes. “O Governo Federal não repassa recurso para o TFD, o recurso que recebemos é de R$ 0,35 por pessoa, um valor muito baixo. A gente se sente impotente quando vemos a necessidade da população e sem recursos para acudir, e nesses municípios menores a situação é pior porque não tem todos os serviços para ofertar, e muitos serviços como tomografia e ultrassom dependem do profissional especialista, e o custo é muito elevado. A população não tem o privilégio de fazer determinados exames no município tem que se deslocar para unidades maiores”.

Graça descreveu a situação precária da prefeitura, que herdou os débitos e os problemas da gestão anterior. “Nós estamos com problemas grave no setor de saúde, pois o SIOPS, que deveria ter sido feito em 2012, ele não fez, então, esse ano não conseguimos fazer o nosso, porque o sistema não aceita quando o ano anterior está pendente. Foi falta de prestação de contas, tem coisas que o prefeito negocia quando diz respeito a recursos, mas quando diz respeito à prestação de contas e a documentação, fica impossível a gestão atual está recuperando se estes não foram efetivados”, informou a secretaria, referindo-se ao Sistema de Informações Financeiras do Orçamento Público da Saúde (SIOPS) que da à sociedade em geral informações sobre as despesas e aplicação dos recursos no setor, caso essas informações não sejam atualizadas, em 2014 corre o risco dos repasses serem suspensos.

Os planos desta gestão é a reconstrução do Hospital Municipal que está fechado há algum tempo, um projeto do governo municipal. “O hospital não tem condição de ser reaberto da forma que está. Para o projeto que o prefeito sonha e que a população necessita, o hospital precisa ser reconstruído, deve-se aproveitar alguma área, ai sim deverá entrar com apoio do governo do Estado com equipamento. Nossa preocupação será como vamos mantê-lo, porque não é fácil e o custo é elevadíssimo principalmente em relação às cirurgias e contratação de profissionais especializados. Assim que o município se livras das dívidas contraídas, vamos iniciar, o projeto arquitetônico já está pronto, estamos aguardando oportunidade de atrair mais recursos”, finalizou a secretária.

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