Professores ocupam as ruas contra Carlinhos Brandão, segundo eles: “o poderoso chefão!”
Da Redação
Assim está sendo classificado o prefeito do município baiano de Curaçá, Carlos Brandão, o popular Carlinhos Brandão (PPS), pelos professores que estão em greve desde quarta-feira devido aos seus atos tempestivos para com a sociedade. Revoltados, eles decidiram sair em protestos pelas ruas da cidade, contra o que eles chamam de desvio de recursos da educação. Os professores vão continuar com as atividades suspensas até a próxima segunda-feira (28), quando sentarão à mesa e decidirão se retornará às atividades ou manterá a greve, segundo os professores, tudo vai depender das negociações entre a APLB e o prefeito.
No ano de 2013, a gestão de Carlinhos Brandão vem sofrendo muitas denúncias, dessa vez os professores fizeram um ‘apitaço’ na frente da prefeitura e da Secretaria de Educação, gritando palavras de ordem “abaixo o coronel”, em referência ao autoritarismo perseguidor que se instalou na cidade, é o que relata um professor, que enviou uma nota para a imprensa regional sobre o protesto. “A categoria está preocupada com o destino dos recursos da educação, ninguém sabe explicar onde foram parar R$ 800 mil reais, que seriam distribuídos entre os professores em forma de abono, também estão com os reajustes defasados em torno de 16%”.
Na Câmara, vereadores decidiram investigar denuncias e descobriram a gravidade dos fatos. No dia 15 de outubro eles protocolaram no Ministério Público Federal, em Petrolina, representação contra o prefeito Carlinhos Brandão referente aos recursos provenientes do FNDE e FUNDEB, destinados para o pagamento de despesas da merenda escolar e transporte escolar, como: aquisição da carne de bode no valor de R$ 25,00, quando o preço varia entre R$ 10,00 e R$ 12,00; aquisição de carne moída no valor de R$ 15,74, quando o preço de mercado local varia entre R$ 5,00 e R$ 6,00, superfaturamento no pagamento das despesas relativas ao transporte escolar que somente nos meses de junho e julho totalizaram cerca de R$ 300 mil. Eles ainda denunciaram a falta de prestação de contas de quase R$ 900 mil do FUNDEB que foi depositado na conta da Prefeitura em 30 de abril, referente ao complemento do piso e ajuste FUNDEB de 2012, bem como o desaparecimento de quase 54 mil litros de leite do Programa Fome Zero do Governo Federal e Estadual.
Outros fatos lamentáveis foram registrados pela oposição a exemplo da compra da mesma mercadoria com preços diferente. O flocão de milho comprado na mesma padaria: um o valor é de R$ 1,08 e o outro de R$ 2,70. Ainda assim, foi comprado 1 (um) pão francês no valor de R$ 3,00, isso de acordo nota de compra.
Em alguns lugares do país, prefeitos denunciados estão sendo condenados à prisão e a devolverem todo o dinheiro desviado por cometer atos de menos gravidade. No caso especifico de Curaçá pode acontecer o mesmo.
Informações levantadas pelo Ação Popular, os vereadores estão formulando denuncias no Ministério Público Estadual, Polícia Federal e na Controladoria Geral da União – TGU.