Aos 44 anos, Flávia Alessandra defende fetiche de personagem em ‘O Sétimo Guardião’

Marido de Rita de Cássia usa calcinha. Atriz conta que se inspirou na italiana Sophia Loren para criar um tipo exuberante

Por Gabriel Sobreira

Otaviano Costa e Flávia Alessandra

Otaviano Costa e Flávia Alessandra – Reprodução

Rio – Casada há 16 anos com o apresentador Otaviano Costa, Flávia Alessandra acredita que todo casal tem uma fantasia sexual. Pode ser da mais normal possível até a mais exótica. “Toda pessoa tem no fundo uma fantasia dentro de si. Eu acho que é saudável para o casal e para a relação”, defende a atriz que, em ‘O Sétimo Guardião’, vive uma aspirante a atriz de cinema internacional, que aceita o fato de o marido sentir tesão usando calcinhas.

Como seria a sua reação se o Otaviano quisesse usar lingerie? “Eu não sei como é que seria. Acho que a gente tem que viver para ver como seria. Vou botar calcinha nele”, brinca, aos risos.

TUDO PODE

Ainda sobre a temática da personagem, Flávia explica que entre um casal não existe um código dizendo o que é certo ou errado em termos de fantasia. “Entre um casal tudo pode ser permitido, desde que ambas as partes acordem, que não fira ninguém”, frisa. E vai além: “É necessário existir a fantasia, ela precisa existir na vida, na relação. Ela é necessária, é saudável, é bom”.

FETICHE DE RITA

No capítulo de amanhã, a fogosa personagem vai revelar ao marido a fantasia sexual dela: nadar nua na cachoeira para a gravação de um documentário, que é rodado em Serro Azul. Só que, em vez da receptividade esperada pela loura, a atitude do marido dela, o delegado Machado (Milhem Cortaz), é um banho de água fria. “Aí começa um embate entre eles, e a gente levanta a questão de até que ponto um é certo e o outro não, o que é que faz um ser ok e o outro não. Acho que vai ser muito legal”, entrega atriz.

CASAL ABALADO

Mas a gota d’água acontece mesmo quando o delegado diz que a mulher não poderia ser apresentadora do tal documentário, e ela se enfurece. Inconformada com a negativa do companheiro, Rita de Cássia destrói todas as calcinhas do amado, cortando tudo com tesoura. Na discussão, Machado diz que não tem peças para usar, e a mulher sugere que ele use cueca. A autoridade local diz que não usa a peça porque lhe dá coceira e pede a calcinha da mulher, que diz que a peça nem passa na coxa do marido. É então que ele resolve ir para o trabalho sem calcinha. Enquanto isso, Rita de Cássia ateia fogo no que restava de lingerie de Machado.

IMAGINÁRIO

Flávia lembra que, quando fez a leitura do texto com Milhem Cortaz da cena em que o delegado não apoia a mulher, a reação dos presentes foi imediata. “Começou a discussão na mesa: ‘Como assim? Ela faz a (fantasia) dele e ele não faz a dela?’. A gente está tratando de uma forma tão delicada e real que existe. Eu falo de novo. Se não te fere, se teu companheiro está de acordo, sejam felizes. É uma calcinha que ele bota. Se a gente pensar em algumas fantasias, tão absurdas no sentido de distantes do nosso imaginário, é só uma calcinha”, pondera.

LUZ NO TEMA

Para a atriz natural de Cabo Frio (RJ), esse tipo de discussão é benéfica, pois joga luz sobre a questão da fantasia sexual. Ainda mais depois que sua personagem revela a predileção dela. “Não tem um código de ética para o qual fantasia pode e não pode. Vai ser bacana porque a gente vai trazer isso para o público de forma leve, porque a gente é do núcleo comédia, mas está seguindo uma linha tênue para fazer com sensibilidade, responsabilidade, verdade”, defende. “E todo mundo tem uma fantasia, né? Com certeza, ou pensa em alguém, em um ídolo, ou quer fazer alguma coisa. Todo mundo tem alguma coisa”, completa.

SURPRESA

Em uma das cenas mais comentadas da novela de Aguinaldo Silva, quando Rita de Cássia descobre o fetiche do marido, flagrando-o de calcinha dançando ao som de ‘Homem Com H’ (interpretado por Ney Matogrosso), Flávia conta que teve que cortar um dobrado. “O Milhem queria toda hora me mostrar ele de calcinha. Mas eu falei que queria ser surpreendida como a personagem e vê-lo (de calcinha) só na hora da cena”, revela, aos risos.

MUITAS CALCINHAS

Outro momento que mexeu com a intérprete é quando Rita de Cássia mescla entre chantagem e sedução com Machado e vai falando os tipos de calcinhas. “É tanta definição que nem eu como mulher sabia que existia: é cavada, tanga, e ela fala várias. E eu pensando: ‘gente, deixa eu pesquisar’ (risos). Porque juro que não sabia que existia tanta definição para modelo de calcinha”, diverte-se.

MUSA

Exibindo boa forma em cena, Flávia diz que o figurino da personagem não é de chamar a atenção, mas sensual, e entrega em quem se espelha. “Minha diva inspiração é (a atriz italiana) Sophia Loren. Revi todos os filmes, estou vendo tudo de Sophia. Para mim, ela pode estar na feira de chinelo e é aquele mulherão. Ela está sendo minha fonte principal”, confessa.

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