Retrocesso

 A potencial nomeação da pastora Damares Alves para o Ministério da Cidadania por Jair Bolsonaro é um completo retrocesso. A simples cogitação do nome já é um descalabro. Assessora do senador Magno Malta, Damares representa o que de mais retrógrado existe na política brasileira. Em entrevista concedida no mês de março último, disse que as “mulheres nasceram para ser mães e que o modelo ideal de sociedade as deixaria em casa, sustentadas pelos homens”. Um comentário machista. Pois é. Essa personagem controversa pode ser alçada ao posto de ministra – Bolsonaro confirmou que ela “está na frente” na disputa.

Para muitos, Damares Alves é a “mãe” do polêmico kit gay, que nunca foi comprovado. Mas que beneficiou muito Jair Bolsonaro na campanha. O debate antiquado começou antes do período eleitoral, quando Damares, que tem cargo na assessoria do gabinete do senador Magno Malta, viajou o Brasil para difundir a “tese” em eventos evangélicos. Sob o manto de pastora, a advogada vociferava contra uma suposta tentativa do Ministério da Educação de doutrinar crianças e jovens. Bolsonaro, que não é besta, surfou na onda e a utilizou em seu favor.

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