Náutico perde a oitava seguida e confirma lanterna do Brasileirão

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Das arquibancadas, vaias, xingamentos. Do campo, passividade, desdém. A combinação foi o espelho da oitava derrota consecutiva do Náutico na Série A. Do time que foi rebaixado com seis rodadas de antecedência e que, agora, faltando ainda cinco jogos até o fim da competição também já confirmou: terminará o Brasileirão na última colocação pela terceira vez na centenária história alvirrubra (antes, havia terminado em último em 1968 e 1994). Em um jogo de dar sono, entre o lanterna e o então vice-lanterna Criciúma, melhor para quem foi menos pior. Em um lance isolado, Wellington Paulista acertou um lindo chute de longa distância e deu a vitória pelo placar mínimo para o Tigre: 1 a 0.

Apesar de o Timbu já estar rebaixado, o público na Arena Pernambuco, na noite deste domingo, ainda foi melhor do que o anterior no estádio. Um total de 2.797 herois foram a campo para torcer ou vaiar a equipe (no jogo anterior, contra o Goiás, o público havia sido de 2.693). Sem mais qualquer objetivo, nem muito menos motivação para terminar a Série A com o mínimo de dignidade possível, o Náutico vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Fluminense, na próxima quinta-feira, no Maracanã.

Jogo

Sem gols, sem o barulho da torcida, sem impedimentos, sem cartões amarelos, sem emoção. O primeiro tempo foi digno da campanha de Náutico e Criciúma na competição. Com o nível técnico rasteiro, ambas as equipes realizaram uma etapa sonolente. A exceção ficou por conta dos 12 minutos iniciais. Nesse período, o Timbu teve três chances claras de abrir o placar. Aos 7, Maikon Leite recebeu passe e ficou na cara do gol. Mandou para fora.

No minuto seguinte, João Paulo, debaixo da barra, escorou passe de Derley por cima. Pouco depois, foi a vez de Tiago Real subir sozinho na pequena área e cabecear por cima. Depois dessa pressão inicial timbu, a partida caiu em um marasmo incrível. O jogo ficou feio, truncado. Dos poucos torcedores alvirrubros na arquibancada, somente vaias e xingamentos. No fim da etapa, quase o castigo. Aos 44, a defesa falhou e Lins ficou cara a cara com Berna, mas mandou para fora.

Quem não dormiu no primeiro, certamente cochilou no segundo tempo. A partida que já não era das melhores, esfriou ainda mais. Passes errados, jogo de intermediária em intermediária. O Criciúma, porém, conseguia ser menos ruim que o Timbu. Chegava mais ao ataque. Já havia perdido duas chances de abrir o placar, quando aos 25 minutos Wellington Paulista soltou o pé do meio da rua e marcou um golaço. Era o que o Tigre precisava para se fechar ainda mais e garantir a vitória fora de casa.

Ficha do jogo

Náutico 0
Ricardo Berna; Alison, Leandro Amaro e Diego (Morales); Derley, Elicarlos, Gustavo Henrique,Tiago Real e Bruno Collaço; Maikon Leite e João Paulo (Hugo). Técnico: Marcelo Martelotte.

Criciúma
 1
Galatto; Sueliton (Bruno Renan), Matheus Ferraz, Fábio Ferreira e Diego Hoffmann (André Gava); Henik, João Vitor (Helder), Ricardinho, Ivo; Lins e Wellington Paulista. Técnico: Argel Fucks.

Local:
 Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata. Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento (AL).Assistentes: Bruno Boschilia (PR) e João Patrício de Araújo (GO). Gols: Welington Paulista (aos 25 min do 2ºT). Público: 2.797 Renda: R$ 50.335.

Diário de Pernambuco

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