Em poucas horas, ao menos 7 pessoas assassinadas no Grande Recife

Por Raphael Guerra 

Violência: assassinatos em quatro municípios expõem onda de violência. Foto: JC Imagem/Arquivo

A onda de violência continua fazendo vítimas na Região Metropolitana do Recife. Entre a noite da quinta-feira (11) e as primeiras horas desta sexta-feira (12), ao menos sete pessoas foram assassinadas na capital pernambucana e nos municípios do Cabo de Santo Agostinho, Paulista e em Igarassu.

Um dos casos mais chocantes foi registrado no Alto Santa Isabel, na Zona Norte do Recife. Um auxiliar de mecânico de 36 anos estava acompanhado da mulher, dentro de uma padaria, quando foi surpreendido por criminosos armados. Testemunhas contaram que os homens já chegaram atirando. A vítima correu, mas foi baleada e morreu no meio da rua.

Outros dois casos foram registrados pela polícia no Recife. Um idoso foi morto na frente de um bar no bairro de Areias. Ele bebia com amigos no momento do crime. Nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, um corpo foi encontrado no Rio Capibaribe.

No Cabo de Santo Agostinho, dois jovens foram executados a tiros. Em um dos casos, o rapaz de 22 anos estava conversando com amigos na frente de casa, quando os assassinos chegaram atirando. Pouco tempo depois, em outro bairro da cidade, um homem de 20 anos, também na frente de casa, foi surpreendido. Ele correu para dentro da residência, mas foi morto.

Em Paulista, um corpo foi encontrado numa mata fechada. A vítima era um homem e apresentava marcas de tiros. Em Igarassu, a vítima também foi do sexo masculino.

COMO SE SALVA UMA VIDA?

Agora, diante dessa violência toda, fica a pergunta: se o Governo de Pernambuco conseguiu salvar 500 vidas no primeiro semestre deste ano, como foi declarado ontem, por qual motivo não conseguiu salvar essas sete? Ao fazer uma declaração dessas, falta bom senso e respeito às famílias que perdem seus entes queridos para a violência. Não há o que se falar em “salvar 500 vidas”, quando o Estado registra mais de 1,7 mil assassinatos em seis meses. É preciso menos discurso político, e mais ações de prevenção para, de fato, salvar vidas. (JC)

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