Gilmar não acreditou.
Já a família do ministro se assustou, já que a informação foi dada por autoridade do governo federal. E pediram providências, mas Gilmar considerou ‘pura bravata’.
Janot não está estreando a fala às vésperas de seu livro. Segundo a colunista, ele havia falado o mesmo texto para procuradores do Ministério Público Federal. Que consideraram que não falava sério.
Com a fala feita em público, sustentada pelo relato em livro, o MPF se assustou, e os procuradores estiveram ativos na troca de mensagens sobre as consequências desastrosas para o próprio MPF. Alguns consideraram a fala fora de hora, o livro fora de hora, horrorizou geral. E mais, consideraram que Janot apequenou a cadeira de PGR.
O consenso é que Janot se isolou depois de deixar o cargo, rompendo com amigos e ex-integrantes de sua equipe.
Mais coisas foram levantadas, que não ajudam Janot. A articulista lembra que, em 2017, Janot assinou nota técnica contra o fato de o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul não permitir que integrantes do Ministério Público entrassem armados na corte. E mais, o TJ-RS exigiu que passem por detectores de metais. Janot ficou indignado.
Em nota, como presidente do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público Federal), Janot disse que a regra ‘fragilizou’ a proteção de promotores, que seriam ‘merecedores’ de ampla defesa pessoal e que andar armado minimiza os ‘incontáveis riscos a que estão submetidos’.