Atitudes de Janot são inaceitáveis, mas não podem macular o MP, diz Aras

O procurador-geral da República, Augusto Aras, repudiou as declarações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot de que chegou a ir armado à sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar o ministro da Corte Gilmar Mendes e depois cometer suicídio. Em nota divulgada no início da tarde deste sábado (28), o atual PGR disse que o MPF “está acima dos eventuais desvios praticados por qualquer um de seus ex-integrantes”. Aras classificou as atitudes de Janot como “inaceitáveis” e disse “confiar no conjunto de seus colegas, homens e mulheres dotados de qualificação técnica e denodo no exercício de sua atividade funcional”.

“Os erros de um único ex-procurador não têm o condão de macular o MP e seus membros. O Ministério Público continuará a cumprir com rigor o seu dever constitucional de guardião da ordem jurídica”, diz a nota.

Augusto Aras não comentou, contudo, sobre a operação da Polícia Federal que cumpriu mandado de busca e apreensão no escritório de Rodrigo Janot nessa sexta-feira (27). O mandado foi cumprido após uma decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes no inquérito polêmico de supostos ataques à Corte.