Bolsonaro recebeu diretor-geral da PF em agenda extraoficial após indiciamento de ministro do Turismo

A agenda de Maurício Valeixo não registra o encontro com Bolsonaro até o momento

Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) recebeu no fim da tarde desta sexta-feira (4), em agenda que não estava prevista oficialmente, o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Segundo registro no site do Palácio do Planalto, incluído posteriormente, o encontro ocorreu às 17h.

Na manhã do mesmo dia, a PF havia indiciado o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, pelo uso de candidaturas-laranja no PSL em Minas Gerais. No mesmo dia, ele foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral do Estado.

Ao ser perguntado na manhã deste sábado sobre o teor da conversa, no portão do Palácio do Alvorada, Bolsonaro disse que eles trataram de “tudo que você possa imaginar”, sem um assunto específico.

“Trocamos informações de tudo que acontece no Brasil. Com ele, com general [Augusto] Heleno [ministro do Gabinete de Segurança Institucional], todo mundo conversa sobre o Brasil. Somos uma equipe unida”, declarou.

A agenda de Maurício Valeixo não registra o encontro com Bolsonaro até o momento. Na do presidente, o compromisso só foi incluído na noite de sexta. Ao longo da tarde, a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência informou que ele estava em “despachos internos”.

O órgão geralmente divulga atualizações de agenda quando há alterações de última hora, mas isso não ocorreu nesta sexta. Questionada sobre a alteração a Secom informou que “as agendas presidenciais e suas atualizações ao longo do dia são divulgadas sistematicamente em site oficial disponível a todo cidadão brasileiro”.

Até o fim da tarde, a última agenda do dia era das 14h às 14h30, com o advogado Antônio Sérgio Altieri de Moraes Pitombo.

Bolsonaro implicado em caixa dois

Haissander Souza de Paula, ex-assessor parlamentar do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que na época era coordenador de sua campanha a deputado federal no Vale do Rio Doce (MG), disse em depoimento à Polícia Federal (PF) que “acha que parte dos valores depositados para as campanhas femininas, na verdade, foi usada para pagar material de campanha de Marcelo Álvaro Antônio e de Jair Bolsonaro”.

Com informações do Globo

 

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