Usina usará bagaço da cana para produção de energia

A termelétrica da Coaf terá 12 mil kW de potência instalada

A termelétrica da Coaf terá 12 mil kW de potência instaladaFoto: Divulgação

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a implementação de uma usina termelétrica em Pernambuco e a venda da energia produzida. Com 12 mil kW de potência instalada, ela será instalada no município de Timbaúba, na Zona da Mata Norte, e usará o bagaço de cana de açúcar como insumo para a produção de energia.

A autorização, cedida no início da semana, foi dada à Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana de Açúcar (Coaf) e permite o uso e comercialização da energia gerada pelo empreendimento. Para implementar a usina foi investido R$ 1,5 milhão, com recursos da própria Coaf.

Com outorga válida por 35 anos, a Coaf tem até três anos para iniciar as operações. Alexandre Andrade Lima, presidente da Coaf e da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), diz que a implementação deve acontecer o mais rápido possível. “Ainda não sabemos se vamos conseguir nesta safra, mas na próxima iniciaremos as atividades com certeza”, informou Lima. Ela funcionará no mesmo parque fabril de etanol, cachaça e açúcar da cooperativa.

A Aneel deu permissão para a instalação de três geradores de energia. Dois deles com capacidade de geração de 3 mil kW e um com 6 mil kW, totalizando 12 mil kW. De acordo com o presidente da Feplana, uma parte da energia será utilizada para a irrigação e para o funcionamento da indústria, no seu parque fabril de etanol, de cachaça e de açúcar. Enquanto outra parcela, de 2 a 3 mil kW, será enviada para a linha de transmissão da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), sendo comercializada externamente.

Segundo Alexandre Lima, o empreendimento irá qualificar o faturamento da usina Coaf. “Vamos garantir uma maior remuneração para a cooperativa e, consequentemente, uma maior distribuição de sobras para os cooperados. O modelo de cooperativa no País não permite acumulação de lucro, mas a partilha do faturamento após os investimentos. O excedente do bagaço da cana é muito grande e viabiliza o funcionamento da termelétrica”, garante o presidente da Feplana.

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