Abastecimento de luvas e máscaras preocupa Ministério da Saúde

Por O Globo

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, demonstrou preocupação ontem com o abastecimento de insumos de proteção individual, como luvas e máscaras, que serão usados também para evitar a proliferação do novo coronavírus na rede pública de saúde do Brasil. Em entrevista à Globo News, na noite desta quarta-feira, Mandetta disse que o Ministério da Saúde fez edital para comprar R$ 150 milhões em equipamentos de proteção individual, mas que os fornecedores apresentam “dificuldades” em prover o material.

— Esse é um tema que nos preocupa: o abastecimento de insumos. Porque a vida continua. Para se operar um apendicite, precisa de máscaras, de luvas, de todos esses insumos. E não digo apenas em relação ao coronavírus, que a gente nem sabe se vem. Mas isso pode interferir na vida, no dia a dia. Nós fizemos um edital de compra de R$ 150 milhões em equipamentos de proteção individual. A licitação ocorreu, mas na hora de fazer o contrato, o fornecedor está tendo dificuldades. Estamos começando a perceber que temos de chamar esses fornecedores, para organizar, porque isso pode ser sim um problema — afirmou.

O Ministério da Saúde confirmou nesta quarta-feira o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil. Trata-se de um brasileiro de 61 anos que foi atendido no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ele esteve na Itália, que já registrou mais de 320 casos, com pelo menos 4 mortes. Um exame preliminar já havia dado positivo para o vírus. A contraprova, do  laboratório Instituto Adolfo Lutz, também deu resultado positivo. O paciente passa bem e se recupera em casa, depois de ser atendido no Albert Einstein.

Mandetta voltou a pedir que as pessoas abusem de procedimentos de higiene, como lavar as mãos constantemente para evitar a proliferação do vírus. Questionado se aconselharia o uso de máscaras pela população, o ministro alertou que as proteções “vencem” após duas horas de uso e que uso prolongado delas, sem trocá-las, não seria higiênico. O ministro da Saúde repetiu que o  mais recomendado para esses casos de vírus é água e sabão em mãos e rostos.

— Temos de aumentar o hábito de lavar as mãos, o que não é muito arraigado na nossa cultura. É melhor apostar nesse tipo de medida, que apostar em máscaras descartáveis _ afirmou à Globo News.

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