A segunda-feira será de reunião do Conselho Deliberativo do Vasco. A pauta gira em torno da condução dada pelo presidente da Assembleia Geral, Faues Mussa, da Assembleia Geral Extraordinária incialmente prevista para acontecer na terça-feira. Há uma série de decisões tomadas por Mussa que desagradaram diferentes atores políticos do clube, que alegam o descumprimento de regras estatutárias.
Pela convocação do presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, será discutido a instauração de inquérito administrativo para apurar a conduta de Mussa. Entre os pontos questionados, está a convocação de votação separada para a reforma estatutária e a eleição direta para presidente. A contratação de uma empresa para realizar a AGE remotamente também consta na convocação.
— Queremos a paz, mas não podemos deixar de observar as questões estatutárias e regimentais. E as decisões judiciais devem ser respeitadas. O objetivo, como o estatuto prevê, é resolver os conflitos dos poderes. Ninguém pode estar acima do estatuto e das decisões judiciais. Vamos, serenamente, resolver dentro do Vasco. Se há um conflito dos poderes faremos as ponderações necessárias. Vamos manter a institucionalidade, esperamos q todos tenham esse bom senso — afirmou Monteiro.
As movimentações em torno da reunião desta segunda-feira têm sido intensas. A julgar pela própria aprovação da reforma estatutária que aconteceu dentro do Conselho Deliberativo, a chance de os conselheiros votarem por algum tipo punição a Mussa é grande. Dois grupos que saem em defesa do presidente da Assembleia Geral são minoria dentro do CD, a “Sempre Vasco” e a “Mais Vasco”.
Junta não termina trabalho
O trâmite estatutário pedia que a lista de sócios aptos a participar da Assembleia Geral Extraordinária deveria estar fechada na sexta-feira passada. Entretanto, em cinco dias de trabalho, a junta responsável por analisar os pedidos de inclusão de sócios excluídos da primeira lista não conseguiu terminar a tarefa. São Januário sofreu com faltas de luz e no sábado a secretaria não abriu.
— Essa AGE não tem validade pois a junta não julgou os recursos. Como vota sem uma lista? Vale tudo? — indagou Monteiro.
A tendência é que a não definição da lista de sócios aptos a votar na AGE inviabilize a votaçao na terça-feira. Para completar, o presidente Alexandre Campello discordou da contratação de empresa para a realização da votação de forma remota sem a consulta da diretoria administrativa. O departamento jurídico do clube tomou providências e notificou a empresa.