PF prende em Portugal hacker suspeito de invadir sistemas do TSE no primeiro turno das eleições

Hacker que se identificou como Zambrius teria assumido a autoria dos ataques ao TSE desde Portugal, feitos segundo ele, com um celular de “50 a 80 euros”, pelo fato de ele não ter computador

Por Plinio Teodoro
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã deste sábado (28), a Operação Exploit e prendeu, em uma ação conjunta com a polícia portuguesa, um hacker suspeito de invadir os sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a apuração do primeiro turno das eleições, no dia 15 de novembro. O ataque teria sido o motivo da lentidão na divulgação dos resultados.

Segundo informações da CNN Brasil, além da prisão em Portugal, a PF realizou buscas também no Brasil, onde foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e São Paulo.

No dia 15, o presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso, confirmou a ação, mas disse que o caso foi “totalmente neutralizado”, sem prejuízos para o pleito. Em nota, o TSE afirmou que a ação dos invasores não estava associada à lentidão da contagem dos votos.

Thiago Tavares, presidente da SaferNet, que trabalha em parceria com o Ministério Público Federal no monitoramento de fraudes eleitorais cometidas pela internet, afirmou que o ataque hacker sofrido pelo TSE foi uma “operação coordenada” para “desacreditar a Justiça Eleitoral”.

Em conversa por e-mail com a agência Sputnik, o hacker que se identificou como Zambrius teria assumido a autoria dos ataques ao TSE desde Portugal, feitos segundo ele, com um celular de “50 a 80 euros”, pelo fato de ele não ter computador.

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