“Sou inocente e estou provando”, disse Edmacy Cruz ao deixar o Cotel

Foto: Raphael Guerra/DP/D.A Press
Foto: Raphael Guerra/DP/D.A Press

Amparado pela família, o agricultor Edmacy Cruz Ubirajara, de 47 anos, deixou o Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel), por volta das 17h desta quarta-feira (18). Ele estava preso há dois meses, a princípio, por um mandado de prisão temporária pela suspeita de ser o executor do promotor de Justiça de Itaíba Thiago Faria Soares, quando ficou 30 dias detidos. Após o término do prazo, o Tribunal de Justiça de Sergipe, onde respondia em liberdade por outro assassinato, decretou sua prisão. “Sou inocente e estou provando minha inocência”, disse ao deixar a unidade prisional. Edmacy Cruz vai para a casa de parentes em uma cidade do Agreste.

Ao lembrar dos dias em que ficou no cárcere, não hesitou em esconder a revolta. “O pior momento da vida de qualquer pessoa é chegar em um lugar como este (Cotel) sem dever nada a ninguém. Meu sentimento é de tristeza e raiva”, desabafou abraçado aos familiares.
O alvará de soltura do agricultor foi expedido pela 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) na última segunda (16), mas o documento não chegou a tempo ao Fórum de Abreu e Lima para que ele deixasse a prisão no dia. Além disso, um problema no sistema eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe impediu o envio da carta precatória para Pernambuco, por isso, somente nesta quarta ele deixou a cadeia.
Entenda o caso 
Thiago Faria Soares, de 36 anos, foi encontrado morto com pelo menos quatro tiros de espingarda calibre 12, em seu carro, um Hyundai, no Km 15 da PE-300, em Águas Belas, a caminho do Fórum de Itaíba, onde trabalhava. Segundo a polícia, ele estava no veículo com a noiva Mysheva Martins e o tio dela Adautivo Martins. Dois homens ocupando um Corsa teriam trancado o veículo do promotor e fizeram os primeiros disparos. Em seguida, voltaram e executaram Thiago Faria com tiros no rosto e no pescoço. Os Martins escaparam ilesos da emboscada. Ainda de acordo com a polícia, crime teria sido motivado por uma disputa por terras.
Diário de Pernambuco

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