Após nova derrota, aumenta pressão no Flamengo por demissão de Rogério Ceni

Ceni
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Diogo Dantas

Após a quarta derrota do Flamengo em seis jogos no Campeonato Brasileiro, a situação do técnico Rogério Ceni se complicou ainda mais. Embora falte uma semana para a retomada da Libertadores, contra o Defensa y Justicia, no dia 14, há acalorados pedidos pela demissão do treinador entre a base de apoio da diretoria.

Ceni também não tem o mesmo respaldo dos jogadores e perdeu até certo ponto o comando do vestiário, ainda que tenha o carinho de nomes como Filipe Luis, Diego Alves e Diego Ribas. Até mesmo os medalhões não estão convencidos sobre a continuidade.

“Em 4 minutos, tomamos 2 gols. Isso já vem de alguns jogos e precisa ser corrigido. Temos que reconhecer que precisamos melhorar”, disse o goleiro Diego Alves depois do 2 a 1 para o Atlético-MG.

O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, esteve com os dirigentes do futebol em Belo Horizonte, onde acompanhou a derrota. Ele, o vice de futebol Marcos Braz e o diretor Bruno Spindel têm sido cobrados por conselheiros para que Ceni seja demitido. E o novo resultado só aumentou a pressão. Novas conversas vão acontecer após a chegada ao Rio.

O técnico se mantém isolado e próximo de sua comissão técnica, pois entende que não tem respaldo da diretoria diante da fase complicada, com desfalques para as seleções. E também se vê fragilizado por não ter tido os pedidos de reforços atentidos.

“Primeiro eu tenho que viver o dia a dia do Campeonato Brasileiro. Foi um jogo muito competitivo. Esse é o nono jogo que jogamos sem os jogadores convocados pelas seleções. Eu compreendo todas as críticas e o torcedor já que não é natural perder no Flamengo”, destacou, sinalizando trégua para o grupo de jogadores que às vezes critica. Tanto que há nariz torcido diante de comentários em treinos e preleções. Ceni é visto como arrogante em alguns momentos.

“Minha relação com os atletas é o mesma do primeiro dia. É claro que quem joga mais está mais feliz e quem não joga tanto, fica menos. Foi um jogo muito parelho. Os jogadores estão se esforçando ao máximo para conseguir as vitórias”, completou o técnico.

Aproveitamento ruim

No entanto, nos jogos, Ceni tem se mostrado perdido nas escolhas. Contra o Atlético-MG, voltou com Bruno Viana na zaga, ao lado de Rodrigo Caio, depois de já ter escalado Gustavo Henrique na função. A aposta no contestado zagueiro não deu certo, e ele foi sacado no intervalo.

Outra decisão contestada foi promover Isla entre os titulares depois que o chileno voltou da Copa América. Para também trocar o jogador por Matheuzinho e expôs a própria dúvida. Em campo, nenhum dos dois correspondeu.

Ceni manteve, por exemplo, o volante Thiago Maia no banco, para lançar Hugo Moura. E viu seu esquema com Michael aberto na esquerda, Pedro na direita e Bruno Henrique por dentro não se entender em campo. Mesmo com a volta de Arrascaeta na armação.

Em 2021, o aproveitamento do Flamengo com Ceni é de 60%. São 23 jogos sob seu comando, com 12 vitórias, seis empates e cinco derrotas. O técnico superou o número de partidas na temporada passada. Na ocasião, foram 11 vitórias, cinco empates e seis derrotas em 22 oportunidades. Aproveitamento ainda pior que o atual, de 57%.

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