Líder na Alepe contesta dados do Sintepe sobre reajuste no sálário dos professores
Líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Waldemar Borges refutou as afirmações feitas pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), Heleno Araújo, que contestou, com veemência, o reajuste de 8,32% anunciado pelo governador Eduardo Campos, na quinta-feira (2), e questionou informações dadas pelo gestor à imprensa.
O deputado classificou as afirmações do sindicalista como “grosseiras e desprovidas de verdade” e disse que ele “ataca o governo para negar os avanços da educação de Pernambuco, reconhecidos nacionalmente”. Em nota enviada ao JC, Waldemar afirma: “Sindicalistas com essa mentalidade têm saudade do tempo em que os indicadores da educação mostravam Pernambuco na última colocação em todos os critérios e eles, achando pouco, faziam uma greve por ano para piorar ainda mais a situação. Têm saudade porque se alimentavam dessa lógica perversa e desse processo, que o governo de Eduardo estancou”.
Salientando que o Estado tem a maior rede de escolas em tempo integral do Brasil, maior carga horária, escolas técnicas de ponta em todas as regiões e uma melhoria crescente nas notas dos alunos medidas pelo Ideb e pelo Idepe, Waldemar disse que “se há alguém faltando com verdade nesse processo é o governo comandado pelo PT”, o mesmo partido de Heleno. “A própria Confederação dos Trabalhadores na Educação (CNTE) coloca Pernambuco como um dos cinco Estados que cumprem integralmente a lei do piso, enquanto vários Estados, inclusive comandados pelo PT, como o Rio Grande do Sul, se negam a pagar. Esta é a verdade que posturas atrasadas como esta do Sintepe não conseguem esconder”.
POLÊMICA
Durante o anúncio do reajuste e nos releases distribuídos com a imprensa, o governador afirmou que o percentual foi “concedido baseado nas determinações do Ministério da Educação (MEC) e nas negociações com o sindicato da categoria” e que a gestão dava prioridade ao setor de educação. O sindicalista (que já anunciou assembleia da classe para 13 de fevereiro) negou qualquer negociação com a entidade, afirmou que o reajuste real deveria ficar em 15% (uma vez que é baseado no custo/aluno do Fundeb) e acusou o governador de não cumprir promessas de campanha, pois no início da sua gestão o Estado pagava o pior salário do país à categoria e, hoje, sete anos depois, segundo Araújo, a situação é a mesma.
O projeto de lei para o reajuste entrar em vigor foi encaminhado à Alepe, que está em recesso. Só será votado em fevereiro, mas terá valor retroativo a janeiro. Com a alteração, o piso dos profissionais do magistério passará de R$ 1.567,66 para R$ 1.698,09 e os de licenciatura plena, de R$ 1.646,04 para R$ 1.782,99.
Fonte: JC