Cícero Monteiro é cotado para assumir Casa Civil em substituição a Rui Costa
Lilian Machado
Em meio às articulações em prol da reforma do governo Wagner, motivada pela saída de alguns auxiliares do primeiro e segundo escalão, que vão disputar as vagas para a Assembleia Legislativa e a Câmara Federal, nas eleições de outubro, cresce a expectativa referente à dança das cadeiras, com o aproveitamento de lideranças já integradas à gestão.
Esse é o caso do secretário de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Cícero Monteiro, que se filiou ao Partido dos Trabalhadores para concorrer no pleito, mas foi convocado pelo governador Jaques Wagner (PT) para permanecer no quadro da administração estadual.
Seu nome estaria cotado para assumir a Casa Civil, pasta estratégica do governo, comandada pelo secretário Rui Costa (PT), que sairá em abril para disputar o cargo de governador.
Em conversa com a reportagem da Tribuna ontem, o secretário Cícero Monteiro admitiu que não irá concorrerá mais a uma vagana Câmara Federal, conforme chegou a planejar, se filiando pela primeira vez a uma sigla partidária.
“O governador pediu para eu continuar no governo e, como estão saindo alguns colaboradores, como Solla (Saúde), entre outros, e tem que ficar alguém, eu como não sou de origem política, mas sim técnica, sendo engenheiro de carreira da Embasa, com passagem por três anos pela Cerb e pela Sedur, para onde fui depois que o Afonso Florence saiu para a Câmara, vou ficar”, explicou.
Em relação às supostas alterações, o secretário não soube informar qual pasta deve comandar nos próximos meses.
“O governador não me disse ainda para onde, mas falou da possibilidade de mudança de pasta”, considerou.
Há rumores de que o governador deve aproveitar os quadros técnicos para substituir os secretários que vão se afastar dos cargos, sem promover grandes mudanças no desenho partidário de participação no governo.
Até o momento, Monteiro foi o primeiro a confirmar a continuidade na gestão, na contramão de muitos que pretendem disputar um espaço eletivo.
Saem até o dia 15 de janeiro, o secretário de Saúde, Jorge Solla (PT), a secretária de Desenvolvimento e Combate à Pobreza, Moema Gramacho (PT), de Comunicação, Robinson Almeida (PT), da Ciência e Tecnologia, Paulo Câmera (PDT), o de Promoção da Igualdade, Elias Sampaio. Outros do segundo escalão também devem se desincompatibilizar, como o superintendente da Saúde, Alfredo Boa Sorte, o diretor-presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães (PCdoB), o diretor-geral da Sudesb, Raimundo Nonato, Bobô (PCdoB), Olívia Santana (PCdoB), chefe de gabinete da Secretaria de Trabalho.
Além de Rui Costa, quem vai seguir o prazo limite até abril é o secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, que é também vice-governador da Bahia, cargo esse que pode ocupar até o final do ano.