São cinco anos articulando para ser presidente. Não há concorrente à altura na oposição
É uma campanha jamais vista no Palmeiras.
Primeiro, pelo básico fato de ser uma mulher querendo ser presidente do clube. Nunca, nos 106 anos de existência, houve alguma com coragem para tentar o cargo mais alto no Palestra Itália.
Depois, por ser a dona da empresa que patrocina o clube, gastando mais do que qualquer empresa jamais pagou no Brasil.
São R$ 81 milhões por ano.
E, por tecer, desde 2016, sua candidatura à presidência. Amarrando sócios, conselheiros e até membros das organizadas. Principalmente a Mancha Verde.
Conselheiros ligados à candidatura, que já foram fiéis ao ex-presidente Paulo Nobre, confidenciam. Ele foi fundamental na candidatura de Leila Pereira.
A Crefisa chegou ao Palmeiras em 2015. E as personalidades fortes de Nobre, do marido de Leila, José Roberto Lamacchia, e dela, se chocaram, a partir de 2016. O dirigente e o casal dono da financeira são bilionários.
E diante da intransigência de Nobre em aceitar palpites administrativos do marido, Leila entendeu que só sendo presidente para implantar a maneira mais profissional que Lamacchia entende o futebol.
Apoio de Galiotte foi importantíssimo. Ele não quis saber de Paulo Nobre ou seus indicado
Logo que percebeu a articulação política de Leila, Nobre tentou barrar sua candidatura. Virou uma briga de egos, de influência. Mustafá Contursi, que falou para este blog que era ‘pai’ de Nobre, logo trocou de filho. E passou a apoiar Leila.
Graças a Mustafá, Leila pôde ser conselheira.
Foi fundamental a postura de Mauricio Galiotte, que sucedeu Nobre, que optou por Leila como candidata à sua cadeira. Ele não se importou em romper com o ex-presidente.
Leila está no final do seu segundo mandato como conselheira.
Paciente, venceu o primeiro, batendo recorde na história das eleições palmeirenses. Assim como foi no segundo mandato.
Todos no Palmeiras sabiam que ela seria candidata a presidente, há anos.
E ontem à noite, ela se anunciou ‘pronta’ para assumir o cargo. Falou em um jantar para sócios e convidados.
“Temos um projeto espetacular. Vocês podem me cobrar. A gente quer um Palmeiras vitorioso, equilibrado financeiramente. Não temos de pensar a curto prazo. Precisamos de vitórias a curto prazo, mas pensar no Palmeiras a longo prazo. Agradeço à confiança de vocês, podem confiar. Faremos um trabalho impecável. Trabalharei por um trabalho cada vez mais transparente, cada vez mais próximo do seu torcedor”, discursou.
Leila não promete. Mas a expectativa de conselheiros e torcedores é de vinda de grandes jogadores
Os principais pontos: Time vitorioso, transparência e equilíbrio financeiro, novas receitas, inclusão, excelência em gestão, patrimônio físico tecnológico e moderno, governança coorporativa e compliance, relacionamento.
A corrida para a cadeira de Galiotte é garantida.
A oposição não consegue sequer articular para buscar um candidato. Há enorme desânimo para concorrer com Leila, por conta dos cinco anos de trabalho.
Seu marido tratou de desmentir que o ex-executivo Alexandre Mattos seria o homem que controlaria o futebol do clube, em caso de vitória, em novembro.
Mattos tem alguns inimigos entre conselheiros, principalmente da base. Eles o acusam de comprar jogador e não olhar para a base palmeirense, colecionadora de títulos.
Ela ainda busca o nome desse executivo.
O contrato da Crefisa termina no final do ano.
A eleição será em novembro.
A Crefisa deve continuar como patrocinadora única do uniforme do Palmeiras. Pagando mais, lógico.
Paulo Nobre está isolado. Oposição do Palmeiras se perdeu
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
E com sua dona, na presidência do clube.
Outra situação inédita no Palmeiras.
“A gente não entra para fazer mais ou menos.
“A gente entra para arrasar”, garante Leila Pereira…