Félix Mendonça Jr. nega pressão do PDT sobre vaga de vice de Rui Costa
Osvaldo Lyra
Em um bate-papo exclusivo ontem com a Tribuna, o novo presidente da executiva estadual do PDT, Félix Mendonça Júnior, revelou o que espera do encontro que terá com o governadorJaques Wagner e da articulação para que sua irmã, a ex-vereadora Andrea Mendonça, assuma o comando da pasta de Ciência,Tecnologia e Inovação do Estado.
Tribuna da Bahia – Qual o maior desafio à frente do PDT?
Félix Jr. – Na verdade, o maior desafio é de todos, pois dos 417 municípios apenas nove estão com diretório estruturado. Todos os outros funcionam como provisórios. O maior desafio é deixar a gente com 100% de diretórios. No dia vou entregar a proposta para o presidente eleito pelos diretórios.
Tribuna – O senhor vai ficar quanto tempo no cargo?
Félix Jr. – Cerca de seis meses. Porque também sou provisório, se for aprovado, ficarei mais seis meses e o tempo de ter isso. Quero entregar o partido organizado.
Tribuna – Qual expectativa para a reunião de amanhã (hoje) com o governador Jaques Wagner?
Félix Jr. – Será uma reunião boa e vamos apenas conversar. Não tem nada de pressão, nada de colocar ninguém na parede. Será encontro do presidente nacional Carlos Lupi, com o deputado Marcelo Nilo, com o governador. É uma expectativa normal. Eu até vi uma notícia em um jornal de que o PDT teve que trazer o presidente nacional. É um prestígio ter o presidente nacional aqui em todo momento com a gente.
Tribuna – Uma informação que me chegou ontem é que há 70% de chance de a ex-vereadora Andrea Mendonça assumir a secretaria de Ciência e Tecnologia. É verídico isso?
Félix Jr. – Isso é uma missão do governador. O PDT indicou três nomes para ele. Portanto, há 33,3% de chances para cada.
Tribuna – Quem são esses nomes, além de Andrea?
Félix Jr. – Tem o Abel Rebouças, de Vitória da Conquista, ex-reitor da Uesb. Tem o Enzo Faustino, que já assumiu secretaria temporariamente e hoje é vice-prefeito de Ubatã, e tem a ex-vereadora Andrea Mendonça.
Tribuna – Amanhã (hoje) deve ter essa definição?
Félix Jr. – Amanhã (hoje) não. Acho que até o dia 15. Depende do governador.
Tribuna – Como o senhor vê os comentários do presidente do PP, Mário Negromonte, falando que não pode acontecer pressão pessoal na escolha do candidato a vice do PT?
Félix Jr. – Eu acho que ele está certo. Não pode acontecer pressão. Ele está certo nesse ponto. Tudo tem que ser natural. Não pode haver posicionamento nenhum a apoiar isso.
Tribuna – Vai ter anúncio de apoio do PDT a Rui Costa ou vai depender da conversa com o governador?
Félix Jr. – Amanhã (hoje) a gente define a data. Não tenho informação oficial de nenhuma parte.
Colaborou: Daniela Pereira