Não adianta pensar que você vai mexer erradamente com o dinheiro público e que a conta nunca vai chegar. Ela chega. O que trago agora é sobre um assunto que também foi destaque negativo para Petrolina.
A 4ª Delegacia de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) indiciou, no último dia 30 de novembro, Giovanni Costa , um dos principais assessores do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, pelo crime de Peculato culposo. O crime é apenado com detenção, de três meses a um ano.
Durante meses, o blog perguntava : onde estavam as ferragens do antigo mercado CEAPE? Ele fora derrubado para dar lugar ao novo Patio de eventos da cidade, porém, estávamos sem respostas. A novela do sumiço da milionária cobertura ganhou vários capítulos e até fomos desqualificados na cidade e , muitos diziam que estávamos inventando estórias.
À época, segundo as informações, um empresário teria vendido parte da ferragem , que, diga-se de passagem, pertencia ao município de Petrolina, e a ferragem estaria em um depósito na cidade Baiana. A polícia começou investigação e queria saber : onde foi parar toda a milionária ferragem do Ceape?
O Centro de Abastecimento de Petrolina (CEAPE), foi demolido em julho de 2016, entretanto desde 2011, quando foi anunciado a desativação do local para a construção de um Centro Administrativo, o espaço se tornou o motivo de diversas confusões. Depois da demolição das paredes, sobraram apenas as colunas e a cobertura. Eram quatro galpões, cada cada um com 3 mil metros quadrados, ao todo, somados, os galpões tinham 12 mil metros em cobertura de feita de ferro (caríssima). E essa cobertura, simplesmente tinha sumido até que os vereadores da época, Gabriel Menezes e Paulo Valgueiro, começaram investigações e descobriram onde estavam as ferragens do CEAPE.
E, como a conta chega, de acordo com o DRACCO , concluiu-se que Giovanni Costa, que atualmente chefia as assessorias especiais do prefeito de Petrolina Miguel Coelho, agiu culposamente, gerando o prejuízo ao Erário por falta de zelo. Os indícios, assim, apontam para “o desmazelo do investigado no trato com a coisa pública”, levando o agente a ser indiciado pelo crime de peculato sob a forma culposa.
Já o empresário José Cleomatson foi indiciado por furto, uma vez que Laudo pericial constatou que as ferragens que se encontravam em seu terreno e que foram vendidas a um terceiro guardam semelhança com as ferragens públicas que se propôs a guardar, a pedido do secretário Giovanni. O crime de furto é descrito como subtração, ou seja, diminuição do patrimônio de outra pessoa, sem que haja violência. O Código Penal prevê para o furto pena de reclusão de 1 a 4 anos e multa.
Para agravar a situação,O DRACCO afirma que Cleomatson usou notas fiscais da compra de outras substâncias para tentar ludibriar a autoridade policial quanto à origem das ferragens.