Turista viraliza na internet após relatar abordagem abusiva de ambulantes na Barra

Ao todo, o carioca revelou que gastou R$ 119 “em leves extorsões”

Redação
Foto: Reprodução, redes sociais
Foto: Reprodução, redes sociais

 

O turista Kadu Pacheco, do Rio de Janeiro, viralizou na internet após relatar a abordagem abusiva dos ambulantes no Farol da Barra, um dos pontos turísticos mais famosos de Salvador. O vídeo foi publicado pelo carioca na sexta-feira (28), mas viralizou durante o final de semana.

“Já pintaram o meu braço. Pintaram a minha perna. Me cobraram R$ 25, porque eu chorei, tá? Porque iam cobrar R$ 50 pela pintura, sendo que não pedi, ninguém me falou que era esse preço”, disse Kadu no vídeo.

Ao todo, o turista revelou que gastou R$ 119 “em leves extorsões” e detalhou as compras que fez no local. Kadu afirma que não tinha interesse em comprar os produtos, mas ficou com medo de negar após a abordagem dos ambulantes.

“Colocaram esse colar em mim. Me venderam mais um outro por R$ 20 e eu fiquei ‘gente pelo amor de Deus, eu não queria nada’.[…] Atualizando os valores, a pintura eu consegui por R$ 25, porque ia ser R$ 50, né? Mas eu praticamente saí correndo. Os colares ficaram por R$ 94 depois de eu muito chorar. Eu falei: ‘moço, eu nem tinha te pedido, eu não queria’, mas não adiantou, ele começou a engrossar”, concluiu o turista.

Confira:

 

Projeto de regulamentação de pintores tribais

O vereador e ex-secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Claudio Tinoco (DEM), lamentou nesta segunda-feira (31) o caso. Ele lembrou do Projeto de Indicação 283/2021 sugerido por ele que pede a regulamentação dos pintores tribais na capital baiana e pediu a ordenação da atividade pela Prefeitura de Salvador.

“A situação que Kadu enfrentou não é única. Muitos turistas vêm para Salvador e relatam o infortúnio de serem abordados por pintores tribais e ambulantes que simplesmente fazem o serviço sem nem mesmo perguntar antes se a pessoa quer. Fizemos um Projeto de Indicação na Câmara sugerindo a regulamentação da atividade de pintor tribal para que a situação seja controlada na cidade. O mesmo pode acontecer com as outras atividades relacionadas ao receptivo”, defendeu Tinoco.

Em maio de 2021, o projeto sugeriu a ordenação da atividade pela Prefeitura de Salvador. “Há, ainda, dúvidas sobre as especificações dos materiais usados, inclusive em relação aos aspectos sanitários, e relatos de pintores tribais que não são respeitosos com as pessoas, inclusive com outros depoimentos de assédio por cobranças exageradas pelas pinturas. Dessa forma, a regulamentação pela Prefeitura de Salvador traria maior segurança aos turistas e moradores da cidade”, defendeu o vereador.

Tinoco lembra que a atividade de pintor tribal não é licenciada e isso dificulta a fiscalização. A regulamentação deve definir os pontos de atuação de cada um, credenciá-los, padronizar a identificação, especificar o tipo de material a ser usado e regular o valor do serviço.

“Sabemos que o comércio ambulante existe em praticamente todas as cidades turísticas do mundo e não seria diferente em Salvador, cidade que tem no Turismo uma grande oportunidade de trabalho e geração de renda. Porém, não podemos aceitar que a imagem de bem receber dos baianos seja perdida para o assédio e verdadeira extorsão de alguns aproveitadores. Dessa forma, é melhor proibir essa atividade nas ruas da cidade”.

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