Governo do PT deixa pais de famílias de empresa terceirizada passando fome


Da Redação

Nesta quarta-feira (15), dezenas de funcionários da empresa terceirizada Delta Locação de Serviços e Empreendimentos LTDA, que prestam serviços para as escolas estaduais na Bahia, se reuniram na Praça da Bandeira, em Juazeiro da Bahia, numa mobilização contra o atraso no pagamento de salários e a falta de responsabilidade Governo Jaques Wagner em deixar de pagar as empresas terceirizadas, obrigando milhares de funcionários das mesmas a passarem fome e constrangimentos diversos.
A categoria reivindica a regularização do pagamento salarial – com retroativo -, o repasse dos direitos trabalhistas (vale alimentação e transporte, plano de saúde, 13º e FGTS). “A situação está difícil, desde novembro que estamos passando por essa situação de extrema dificuldade. Existe casos de trabalhadores passando fome com crianças chorando em suas casas, energia e água cortadas, filhos impossibilitados de irem para escolas. Outro fato é referente a quem paga aluguel: tem pessoas que são obrigadas a chegarem em suas casas mais tarde para não encontrar com o proprietário na esquina ou em suas portas porque não tem mais argumento”, lamenta o diretor regional do Sindilimp, Elielson Figueiredo.
Ele relata ainda que os Ministério Público e do Trabalho foram acionados depois de algumas manifestações, acordo foi feito e nada foi cumprido. “Além das empresas não cumprirem, o Governo do Estado tenta jogar a responsabilidade para as empresas com relação ao pagamento, sendo que por sua vez as empresas alegam que não receberam. Na verdade é uma manobra do Estado para tirar o corpo de banda, sendo que nesse jogo sujo quem está sendo prejudicado é a categoria de trabalhadores”, denuncia.
Além da Delta, o sindicalista afirma que trabalhadores da empresa Líder passam pelo mesmo sofrimento. “Esta outra empresa tem causado os mesmos problemas”, informa.
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Elielson Figueiredo
Elielson denunciou ainda que as empresas Delta, Líder e Assemp estão concedendo férias aos trabalhadores sem pagar os direitos, o que se agrava mais ainda a situação. “É inadmissível o que estão fazendo com esses trabalhadores, já levamos ao conhecimento do Ministério Público do Trabalho, e mesmo assim, as empresas continuam desrespeitando cometendo crimes de responsabilidade”.
Outro sindicalista,  Jamay Damasceno contou que a falta de compromisso do Governo Wagner com a categoria atinge toda a Bahia. “A falta de sensibilidade do Governo atinge todo o estado. A paralisação é geral nas cidades de Salvador, Vitória da Conquista, Itabuna, Ipojuca, entre outras. A cada movimento as empresas dão um novo prazo e assim empurram com a barriga sem resolver nada e ainda contando com a conivência da própria justiça que não obriga a cumprir os acordos”.
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Tânia Luíza
Por sua vez, a Funcionária do Colégio Modelo, Tânia Luíza, afirma que está cada vez mais difícil frequentar o local de trabalho. “Não temos condições financeira nenhuma de estarmos pagando passagem para trabalhar, desde que entrei na empresa só recebi 3 meses de salários no dia correto, depois disso tudo desandou e até agora nada foi resolvido. Isso é desumano, é melhor ficar desempregada a procura de outro emprego”, desabafa.
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Diante de toda a situação, a funcionária Célia Ferreira, pede que as autoridades, principalmente a delegacia do trabalho, se sensibilizem com a causa. “Estamos com cobranças diárias em nossas portas, precisamos de ajuda, do jeito que está não pode ficar”, apela.
Por outro lado, Elielson afirma que alguns funcionários estão sendo impedidos de participar do movimento devido as pressões de diretores de escolas. “Alguns trabalhadores da área de limpeza se recusam a participarem das mobilizações com medo dos diretores, eles tem que entender que sem os trabalhadores é impossível a escola funcionar, a mobilização serve para reivindicar os nossos direitos. Queremos dar um basta nisso, se o problema não for resolvido vamos interditar os principais pontos da cidade, inclusive fechar a ponte Presidente Dutra”, alertou.
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Sobre o assunto, a Diretora Regional de Educação, Gerlúcia Honorato Rodrigues, se manifestou por meio de uma nota oficial encaminhada à imprensa: “Até o momento a Direc 15 tem mantido contato de forma constante com a Secretaria da Educação em Salvador, com a Governadoria e também com a própria empresa Delta, no intuito de obter informações sobre a regularização dos pagamentos dos funcionários da empresa. As informações que obtivemos até o momento são: O Governo Estadual por meio da Secretaria da Fazenda já repassou para a empresa Delta os recursos para o pagamento dos funcionários; o Governo do Estado notificou a empresa que os pagamentos devem ser regularizados até o final do dia 20/01 (segunda-feira); os responsáveis pela empresa Delta não tem atendido as ligações da Direção da Direc 15; o Ministério do Trabalho também já tem se posicionado para resolver a situação”.

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