Jorge Lobo deixa grande ‘rombo’ na educação de Uauá
Grazzielli Brito – Ação Popular
A APLB – Sindicato, Núcleo Uauá, em defesa de uma educação de qualidade e valorização dos profissionais em educação, informa a toda a população em especial, aos professores e demais servidores da educação do município, que o débito deixado pelo ex-gestor, Jorge Luiz Lobo (PRTB), junto a classe, a quem ele deve pagamento do mês de dezembro e 13º salário foi calculado no valor de R$ 303,880,29 (trezentos e três mil, oitocentos e oitenta reais e vinte e nove centavos).
A entidade sindical conseguiu, através de ofício, junto à nova Secretaria de Fianças do município, ao Banco do Brasil e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) informações dos valores totais devidos e a receita para a Educação recebida e desviada para outros fins, que não foi o pagamento de seus funcionários.
O débito já mencionado desrespeita o Art. 7º da constituição federal que garante “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria”. De acordo com informações do sindicato 236 professores ficaram sem receber.
Para maior revolta da classe sindical e de toda a população de Uauá, uma vez que essas ofensas aos professores atingem toda a comunidade, é que as informações dão conta de que a receita para educação do município em 2012 superou as estimativas. Somente em dezembro a prefeitura recebeu R$ 1.230.266,67 (um milhão duzentos e trinta mil, duzentos e sessenta e seis reais e setenta centavos), durante o ano foram enviados R$ 10.721.972,82 de verbas do FUNDEB superando as estimativas que era de R$ 10.517.486,53.
Recurso Bloqueado
Devido a essa barbárie, a APLB-Uauá impetrou um mandado de segurança no dia 28 de dezembro de 2012, que foi atendido pelo o juiz da comarca de Uauá, bloqueando os recursos do FUNDEB. O mesmo encontra-se bloqueado até que a empresa, junto aos funcionários, encontre uma maneira viável para sanar o problema.
O problema é que tal medida dificulta as ações da nova administração municipal, que vem tentando de toda forma resolver esses impasses causados pelo ex-gestor. Como no caso dos servidores da Saúde que se encontravam na mesma situação e a nova gestão conseguiu resolver pagando os salários atrasados.
Mas, a direção do sindicato se mostra inflexível. “Entendemos que prestamos serviços para uma empresa e não para prefeito. Quem nos deve é a empresa e ela tem que achar um jeito de nos pagar para que possamos voltar a desempenhar nossas atividades”.
“O que mais nos entristece é que demos toda abertura de diálogo para o ex-gestor e no momento mais difícil ele nos virou as cosas, sem dar satisfação. Não aparece para dar explicações. É uma verdadeira falta de consideração de um gestor que ficou 8 anos administrando nossa cidade. Lamentável!”, disse Francisco Prolepses, Coordenador da APLB – Uauá.
Informação: APLB – núcleo Uauá