Não é incomum, depois de finais de campeonatos importantes, que o time derrotado reclame do resultado por conta de algum erro da arbitragem. Após o fim do duelo mítico entre Argentina e França pela taça da Copa do Mundo do Catar, resolvido nos pênaltis e com vitória dos sul-americanos, a seleção europeia e a imprensa daquele país passaram a reclamar de uma ocorrência que teria afetado o resultado final do jogo, invertendo a colocação final das equipes no torneio. Para sermos castiços em relação às regras do futebol estabelecidas por um estatuto da FIFA, sim, os franceses têm razão. Quer dizer, não exatamente, já que o ocorrido, de natureza rara, passou a ter outra normativa muito recentemente, o que gerou ainda mais encrenca.
O terceiro tento da Argentina, que foi também o primeiro da prorrogação (Mbappé ainda faria mais um pela França, empatando a partida em 3 a 3, levando-a às penalidades), foi marcado por Lionel Messi, num lance em que a bola não estufou a rede, mas entrou quase um metro no gol, não deixando qualquer dúvida quanto a isso. Mas o problema apontado pelos franceses aconteceu justamente nesse lance.
No momento em que a bola sobra para Messi chutar e marcar o terceiro gol da Argentina, dois companheiros seus, reservas, estava dentro do campo, na lateral esquerda do gramado.