Renato Paiva será o 7º estrangeiro a comandar o Bahia no Brasileiro; veja lista

Gabriel Rodrigues
Renato Paiva tem a missão de fazer uma campanha segura no Bahia em seu primeiro BrasileirãoRenato Paiva tem a missão de fazer uma campanha segura no Bahia em seu primeiro Brasileirão (Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia)

Técnico português disputará a Série A pela primeira vez

O Campeonato Brasileiro começa sábado (15), e o Bahia, pela 51ª vez na história, disputará a principal competição de futebol do país. Entre Taça Brasil, Robertão e Brasileirão, o tricolor é o 8º time que mais vezes disputou a primeira divisão. Em 2023, o clube terá no comando um estreante.

Renato Paiva trabalhará no Campeonato Brasileiro pela primeira vez. O português chegou ao Bahia e ao país em dezembro e vive a sua temporada de estreia por aqui. O trabalho do treinador tem sido de altos e baixos.

A eliminação na fase de grupos da Copa do Nordeste rendeu críticas, mas nos últimos jogos o time mostrou evolução e vem de conquista do título estadual após dois anos na fila.

Amanhã, diante do Red Bull Bragantino, em Bragança Paulista, Renato Paiva se tornará o sétimo estrangeiro a treinar o Bahia em pelo menos um jogo do Campeonato Brasileiro. E o primeiro europeu de forma regular. Paiva, aliás, tem o desafio de ultrapassar os antecessores em número de partidas e campanha pelo Esquadrão.

Esta última parte é muito complicada, afinal, o argentino Carlos Volante treinou o Bahia em apenas um jogo na competição, mas suficiente para entrar na história, já que foi o treinador na terceira partida da final da Taça Brasil de 1959, contra o Santos, e faturou o título. Por sinal, o primeiro campeão brasileiro.

Curiosamente, a passagem de Carlos Volante pelo Bahia em Campeonatos Brasileiros se resume a apenas esse jogo. O treinador permaneceu no clube entre 1960 e 1961, mas, após a Libertadores de 1960, o Bahia saiu em excursão pela Europa e disputou a Taça Brasil daquele ano com o chamado segundo quadro, que era treinado pelo ex-jogador Izaltino e contava com uma mescla entre atletas reservas e alguns campeões.

O estrangeiro com o maior número de jogos no clube em torneios nacionais é o paraguaio Fleitas Solich, que treinou o time em 24 jogos do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão, entre 1969 e 1970. O saldo final foi de nove vitórias, sete empates e oito derrotas.

Pouco antes da chegada de Solich, o chileno Juan Herrera dirigiu o Bahia em duas partidas do Robertão de 1969. Herrera substituiu Marinho Rodrigues, que havia começado o torneio. Sofreu derrotas por 4×0 para o América-RJ e 3×2 para o São Paulo, ambas na Fonte Nova.

Com exceção de Carlos Volante e Fleitas Solich, aliás, os estrangeiros não deixaram muita saudade no tricolor. Nove anos antes do bicampeonato brasileiro, o argentino Armando Renganeschi comandou 11 jogos no Brasileirão de 1979.

Substituto de Zezé Moreira, que havia conquistado o último título da campanha do heptacampeonato baiano, Renganeschi não decolou no Bahia. Somou apenas três triunfos e foi demitido durante o torneio. O time foi eliminado na terceira fase.

Os dois últimos gringos foram o português Bruno Lopes, que comandou uma partida de forma interina em 2021 (derrota para o Grêmio por 2×0), e o argentino Diego Dabove, no mesmo ano. Dabove foi demitido depois de seis jogos e só um triunfo. O Bahia acabou rebaixado.

Nove estrangeiros
Curiosamente, a estreia de Renato Paiva no Brasileirão será contra outro português que nunca treinou na Série A. O Red Bull Bragantino é comandado por Pedro Caixinha, de 52 anos, que acumula trabalhos em países como México, Argentina, Catar, Escócia e Arábia Saudita.

Os técnicos estrangeiros invadiram o futebol brasileiro. Este ano a primeira divisão só não começará com 50% de gringos no comando das equipes porque o Flamengo demitiu Vítor Pereira no início da semana. Ao todo, são nove treinadores de fora do país: sete portugueses e dois argentinos.

Fonte: Correio

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