Entrega da Eletrobrás provocou enriquecimento ilícito dos acionistas minoritários, diz Joaquim de Carvalho

Jornalista defendeu a reversão da doação da empresa ao setor privado

(Foto: Brasil247 | Reuters)

Por: Joaquim de Carvalho

No programa “Bom Dia 247”, o renomado jornalista Joaquim de Carvalho expressou sua opinião contundente sobre a privatização da Eletrobrás e destacou os possíveis efeitos negativos desse modelo para a empresa estatal. Além disso, ressaltou a persistência do presidente Lula em buscar a reversão dessa medida. Segundo Joaquim, o modelo de privatização adotado para a Eletrobrás resultou em enriquecimento ilícito dos acionistas minoritários. Ele apontou que aqueles que adquiriram uma menor quantidade de ações obtiveram uma parcela maior de poder. Em contrapartida, a União, detentora de uma maior quantidade de ações, acabou perdendo poder no processo. Essa disparidade de poder entre acionistas minoritários e a própria União é um dos principais pontos de preocupação levantados pelo jornalista.

Ao questionar a equidade desse modelo, Carvalho enfatizou uma situação hipotética para ilustrar sua crítica. Ele mencionou o caso em que a Globo, uma das maiores emissoras de televisão do país, abriria seu capital, ficando com 43% das ações, mas com direito a apenas 10% dos votos. Essa disparidade entre participação acionária e poder de decisão revela uma assimetria que, segundo o jornalista, pode ocorrer na privatização da Eletrobrás e afetar negativamente a empresa e os interesses da sociedade.

O jornalista argumentou que o debate sobre a privatização da Eletrobrás está enviesado devido ao fato de a Globo ser vista como porta-voz do capital. Essa suposta influência da emissora na narrativa e na orientação do debate público sobre o assunto levanta questionamentos sobre a imparcialidade das informações e a ampliação de perspectivas divergentes.

Carvalho reforçou a necessidade de reavaliar a privatização da Eletrobrás caso existam indícios de irregularidades ou crimes. Em suas palavras, “Se houve um crime, obviamente tem que ser revisto”. Essa afirmação destaca a importância de se investigar de forma rigorosa qualquer indício de ilegalidade ou prejuízo aos interesses públicos no processo de privatização da empresa.

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