“O presidente Lula deveria apresentar uma novidade na política brasileira: um pacto programático”, diz Breno Altman

Editor do Opera Mundi propõe pacto programático para governo Lula e critica situação no Congresso, de maioria conservadora

(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

Em entrevista ao programa Bom Dia 247, no dia 24, o jornalista Breno Altman sugeriu uma abordagem inovadora para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Altman propôs a criação de um “pacto programático” que abordaria questões-chave relacionadas à reforma tributária e à participação no governo. “Lula deveria apresentar uma novidade na política brasileira: um pacto programático”, disse ele. Esse pacto seria um conjunto de propostas e compromissos que guiariam as ações do governo.

Entre os pontos que o jornalista destacou como fundamentais para o pacto programático estão a segunda etapa da reforma tributária, que visa a revisão do sistema de impostos do país para torná-lo mais justo e eficiente. Além disso, Altman propôs a criação de impostos sobre os super-ricos e a tributação de lucros e dividendos, visando a redistribuição de renda e o fortalecimento do sistema econômico.

Altman também defende que a participação no governo Lula esteja sujeita à subscrição do pacto programático. Ou seja, aqueles partidos que desejam cargos e ministérios teriam que concordar e se comprometer com as diretrizes estabelecidas no pacto. Isso garantiria uma coerência programática e ideológica na atuação do governo.

Breno Altman manifestou ceticismo em relação às nomeações de ministros do Partido Progressista (PP) e do Partido Republicano (Republicanos) para o governo. Ele destacou que, apesar dessas indicações, não vê garantias de que essas nomeações resolverão o problema fundamental de uma maioria conservadora no Congresso.

O jornalista também criticou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, acusando-o de tentar sequestrar a agenda do governo Lula. Essa crítica se baseia na percepção de que Lira, ao liderar a Câmara, pode interferir na implementação das políticas propostas pelo governo e dificultar a aprovação de medidas de caráter progressista.

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