O ex-ministro da Justiça Anderson Torres comparecerá às 9h desta terça-feira (8) diante da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) responsável pela investigação dos incidentes golpistas ocorridos em 8 de janeiro em Brasília. Durante seu depoimento, Torres deverá enfrentar questionamentos sobre o documento encontrado em sua casa que ficou conhecido como ‘minuta do golpe’. No dia 8 de janeiro, Torres ocupava o cargo de Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Figurando como um dos aliados mais próximos de Jair Bolsonaro (PL), Torres passou a ser um dos principais alvos da investigação realizada pela Polícia Federal sobre manobras políticas em prol de um possível golpe. No período que antecedeu os atos de 8 de janeiro, Torres viajou para os Estados Unidos no dia 5 de janeiro, alegando férias, apesar dos alertas de inteligência sobre possíveis tumultos nos protestos planejados para Brasília.

O depoimento de Torres também deverá abordar transferências financeiras que constam em um relatório da Polícia Civil do Distrito Federal, datado do último dia 3, informa o Estado de S. Paulo. Segundo esse documento, o ex-ministro efetuou repasses de R$ 220 mil para sua irmã, R$ 40 mil para sua mãe e R$ 30 mil para sua esposa em 2022. Além disso, houve uma transferência de R$ 55,7 mil para o empresário Julio Carlos Correia, sócio da PH Recursos Humanos, empresa que mantém diversos contratos com o governo federal.