Salvador registrou 21 casos de picada de escorpião em seis meses . Crédito: Shutterstock
O número de pessoas picadas por escorpiões em Salvador entre janeiro e julho deste ano já é quase maior do que o registrado nos dois últimos anos completos. Nos seis primeiros meses de 2023, o Programa de Controle de Escorpiões da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) contabilizou 21 casos, enquanto que, nos 12 meses de 2021 e 2022, foram registrados 19 e 23, respectivamente.
Questionada sobre o número de óbitos, a SMS informou que não tem o levantamento. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) também foi procurada, mas não retornou até a publicação desta matéria. A morte de uma criança de 2 anos, em Ibirapuã, na última sexta-feira (4), no entanto, pode figurar na lista.
Segundo a SMS, 45 bairros da capital baiana têm registros de aparecimento do animal. Há oito espécies na cidade, sendo três delas capazes de causar danos ao ser humano. Somado a isto, está a vigência do período de reprodução dos escorpiões, que acontece entre agosto e setembro.
Prevenção
Diante do cenário, a Prefeitura de Salvador divulgou no site da prefeitura uma lista com algumas medidas que os soteropolitanos podem adotar para evitar atrair o animal. Um dos cuidados principais é a limpeza adequada dos quintais, jardins e terrenos baldios. Também deve-se evitar o acúmulo de lixo doméstico e restos de materiais de construção ao ar livre.
É importante vedar as frestas das portas e janelas e manter os ralos fechados. Examinar as roupas e calçados antes de usá-los é outra medida que pode ser adotada para evitar surpresas.
Segundo a bióloga do Centro de Controle de Zoonoses de Salvador (CCZ), Ana Virgínia Rocha, a pessoa picada por um escorpião deve lavar o local atingido com água e sabão imediatamente. “Se manter calmo e controlado e se dirigir a uma unidade de saúde mais próxima. Se possível, levando o animal agressor para identificação”, completa Ana.