Opinião
A construção de políticas públicas capazes de suprir lacunas e promover o bem da vida digna depende, como condição necessária, da análise qualitativa cuidadosa de dados confiáveis, quando se trata da seca na Bahia.
Seguindo esta premissa, pode-se julgar preocupante o registro do aumento total da área sob impacto do calor excessivo, segundo trabalho revelado pelo Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Do mês de maio para junho, subiu de 71% a 86% o percentual dos territórios secos, ficando apenas uma posição atrás dos 98% em 2021, sinalizando possível efeito do desequilíbrio gerado pelas oscilações climáticas intensas.
Problema com forte rebate social, dada a escassez da produção de alimentos e de postos de trabalho, a estiagem pede investimentos vultosos a fim de praticar a reparação aos povos sertanejos, pois mínguam as oportunidades há séculos.
A precisão ao detectar os números, a fim de se realizar o cálculo das médias, o mais fidedignamente possível, faz parte do bom uso das tecnologias voltadas para apoiar os grupos de especialistas ao pensarem soluções ou atenuantes.
As equipes de pesquisa destacam a avaliação constante do volume de recursos hídricos, e da qualidade da água nos mananciais, atuando ainda como autoras capacitadas para conferir a validação dos mapas.
A ideia é realizar o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas com base em indicadores baseados em hipóteses falseáveis e na projeção de impactos causados a curto e longo prazos, favorecendo a tomada de decisões.
O valor transparência é garantido com o convite para a cidadania acessar os gráficos pelo site monitordesecas.ana.gov.br ou aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com sistemas Android e iOS.
Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), o trabalho tem a participação de instituições estaduais e federais.
Por: A Tarde