“Se a pressão em Silvinei Vasques for maior, ele pode delatar Bolsonaro”, diz Eugênio Aragão

Ex-ministro da Justiça avaliou que a prisão de Bolsonaro está cada vez mais próxima, mas ponderou que o governo não pode cometer abusos e precisa de provas concretas. Assista

Eugênio Aragão, Silvinei Vasques e Jair Bolsonaro
Eugênio Aragão, Silvinei Vasques e Jair Bolsonaro (Foto: Alessandro Dantas | Marcos Oliveira/Agência Senado | Antonio Cruz/ Agencia Brasil)

 O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão comentou as possibilidades de Jair Bolsonaro (PL) ir à cadeia após a prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. Na visão de Aragão, ainda faltam provas concretas que incriminem o ex-presidente em relação ao uso da corporação para fraudar a eleição presidencial de 2022; no entanto, o ex-ministro entende que “se a pressão em cima de Vasques for maior, é capaz de ele fazer uma delação premiada e entregar [Bolsonaro]”.

“Não seria crível que a PRF movimentasse um aparato desse tamanho para impedir a chegada de eleitores às urnas, sem que o chefe máximo do governo tivesse sido pelo menos informado disso. E se ele foi informado e não impediu, ele estava conivente. Mas ainda falta esse link aí, de como é que isso chegou a ele, quando é que chegou a ele. E isso tem que ser muito claro”, afirmou Aragão em entrevista ao programa Boa Noite 247.

O ex-ministro avaliou que a prisão de Bolsonaro está cada vez mais próxima, mas o governo não pode cometer abusos: “não adianta a gente ficar elocubrando, porque essa ideia de que ‘ah, só poderia ser’ foi a responsável por condenar José Dirceu no Mensalão e nós não podemos repetir. Eu acho que nós não temos o direito de repetir o uso de instrumentos absolutamente ilegítimos dentro do processo penal. Mas eu acho que está perto”. Assista à entrevista completa abaixo:

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