Responsável pelas notícias, Jorge Luiz Brasil aparecia toda semana trazendo informações quentíssimas e revelando segredos. Apesar de não ter tido contato direto com a Xuxa nesse período, já que gravava o quadro sozinho em estúdio, o jornalista guarda boas recordações, principalmente quando fizeram as fotos de divulgação do quadro juntos e numa entrada ao vivo no “Planeta”.

Outra lembrança forte para o comunicador é a relação de trabalho que teve com Marlene Mattos, diretora do programa, que também acompanhava as gravações do quadro.

— Ela era uma pessoa durona, mas muito bem-humorada, engraçada. Ela tinha muito deboche e falava para provocar. Ela tentava arrancar o melhor que eu poderia oferecer. Comecei cru, igual um robozinho. Tenho muitas lembranças dela me dando dicas. Ela chegou a me mandar para uma fonoaudióloga porque ela achava que eu chiava demais — conta.

O “Linguarudo do Planeta” durou um ano na grade e foi finalizado, segundo Jorge, por Marlene perceber o crescimento de programas de fofoca de famosos na televisão.

— Hoje é uma coisa tão normal, naquela época era assim, não era comum. Você tinha um ou outro, só que banalizou e a Marlene não gostava disso. Ela gostava de novidades, de coisas diferentes, do “Planeta” sempre estar à frente, não na cola dos outros programas. Então, acabou. Eles me dariam um outro quadro em que eu perguntaria ao famoso se tal notícia sobre ele era verdade ou mentira, mas acabou nunca acontecendo — revela Jorge, que acompanhou todos os episódios de “Xuxa, o documentário”, inseridos recentemente no Globoplay.

Mesmo com o fim do quadro, Jorge nunca deixou de trabalhar com notícias sobre celebridades e televisão, dessa vez longe das câmeras da TV. O jornalista ficou à frente da revista Minha Novela, publicação especializada na cobertura do gênero, por 20 anos, além de passagens por outras empresas de comunicação.

Assim, continuou tendo a relação profissional com Xuxa cobrindo a vida da artista e viagens que fazia pelo Brasil e América do Sul. Em uma ida para a Argentina, o profissional teve experiência sobrenatural com a apresentadora dentro do avião.

No início da viagem, Jorge lembrou que teria que desligar o celular por causa do voo, mas percebeu que saia uma fumaça branca do aparelho. Na tentativa de jogar o telefone fora, já que achava que poderia pegar fogo, Marlene Mattos explicou que o fenômeno aconteceu por causa da forte energia de Xuxa e não o deixou descartar o celular.

— Marlene falou que não era nada, que era efeito da energia absurda que a Xuxa tem. Quando pousamos, eu pensei que o telefone estava “morto”, mas ele nunca deixou de funcionar. Naquela época, outras histórias inusitadas aconteciam. Percebi em dado momento que Xuxa passava em um lugar e logo brotava água da parede. Era muito impressionante — conta Jorge que, aos 54 anos, ainda mantém seu ofício como jornalista de entretenimento e celebridades.