“Já há elementos para prisão preventiva de Bolsonaro”, diz Lindbergh sobre venda de joias

“A meu ver, é evidente que Bolsonaro coordenou o planejamento para recuperar as joias”, disse o vice-líder do governo na Câmara

Mauro Cid, Jair Bolsonaro e Lindbergh Farias
Mauro Cid, Jair Bolsonaro e Lindbergh Farias (Foto: Reprodução | Agência Câmara )

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), vice-líder do governo Lula no Congresso, defendeu nesta quarta-feira (16) que existem elementos suficientes para justificar uma prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias. O deputado promoveu uma extensa transmissão em suas plataformas de mídia social a respeito da investigação conduzida pela Polícia Federal e alegou que, com base apenas nas informações divulgadas na decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, há fundamentos sólidos para a prisão de Bolsonaro.

“Eu gostaria de comunicar a vocês algo importante: já dispomos de elementos para uma solicitação de prisão preventiva de Jair Bolsonaro”, afirmou o parlamentar do Rio de Janeiro. “A meu ver, é evidente que Bolsonaro coordenou o planejamento para recuperar as joias”, enfatizou.

Na sua exposição, Lindbergh argumenta que, a partir das descobertas das investigações, fica claramente indicado que “Bolsonaro estava à frente da operação” e que, segundo sua análise, ele supostamente tentou encobrir a transação das joias, coordenando as ações do tenente-coronel Mauro Cid e de seu advogado, Frederick Wasseff, com o objetivo de reaver as peças.

“É possível que ainda neste ano ocorra o julgamento no Supremo Tribunal Federal, resultando na formal condenação de Bolsonaro por corrupção. Caso a Polícia Federal e o ministro Alexandre de Moraes assim recomendem, a possibilidade de uma prisão preventiva é real. Isso se deve ao fato de ter se tornado claro que essa rede criminosa operou por todo esse período, desde o momento em que o Estado de S. Paulo trouxe à tona a questão, com o intuito de ocultar e dificultar ações das autoridades. É importante lembrar que já havia um inquérito em andamento no STF”, destacou Lindbergh Farias.

Dino vê crime de Bolsonaro, mas descarta prisão

“A prisão preventiva tem requisitos específicos, dentre os quais materialidade de um crime, nesse caso já existe. Em segundo lugar, indícios de autoria, como já mencionei, há indícios de autoria. Porém há outros requisitos que estão nos artigos 311 e 312 do CPP. Nesse momento, veja, neste dia em que estamos conversando, não vejo ainda razões para essa medida extrema”, afirmou o ministro na entrevista.

Apesar disso, Flávio Dino não descartou a possibilidade de uma prisão preventiva no decorrer do desenvolvimento do caso. Ele reconheceu que as investigações estão em progresso e que o Judiciário poderia eventualmente tomar tal decisão conforme os elementos forem evoluindo. Para a sociedade, a garantia fundamental é que a verdade está sendo gradualmente revelada nos autos do processo e no inquérito, como uma forma de demonstração à sociedade. (*Com informações do Metrópoles)

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