Uma história do abandono e descaso

O Solar dos Airizes é um sobrado com fachada de 60 metros, construído em meados do século XIX pelo Coronel Joaquim Vicente dos Reis na região de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro.
Foi o primeiro imóvel de Campos tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional. Em 1875 serviu de inspiração e cenário para o escritor Bernardo Guimarães, escrever o romance “Escrava Isaura”. O romance também teve adaptações para a televisão. Infelizmente, o Solar dos Airizes está abandonado a décadas.
O terreno onde fica o Solar pertenceu aos jesuítas de 1648 até 1759, quando foram expulsos por Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal. No ano de 1781, o comerciante português Joaquim Vicente dos Reis se tornou o responsável por aquelas terras, concedidas pela Coroa portuguesa.
A propriedade se estendia até a região onde, depois de ser desmembrada, foi construído o Solar dos Airizes. Com o casamento entre a filha de Vicente dos Reis, Maria Joaquina do Nascimento e o capitão Paulo Francisco da Costa Viana, o terreno ficou como herança. Anos mais tarde, assim como outras fazendas, o Airizes foi vendido para o comendador Cláudio do Couto e Sousa já em meados do século XIX.
Os esforços de Couto e Sousa levaram à edificação do Solar dos Airizes. A partir desse momento, o casarão se tornou tradição entre a família Couto-Lamego, dona do espaço por gerações até 2014

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