Entre parlamentares do Centrão, há uma preocupação com o nível de pressão imposto sobre o governo federal na reforma ministerial e o desgaste que isso gera na relação com o PT, que pode perder espaço.
Ao bater o pé e insistir pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o PP se desgasta com o PT, que hoje controla o ministério, e pode acabar indo parar em um cargo mais esvaziado.
Ou, ainda, PP e Republicanos podem conseguir o que querem, mas terem ministros que não se sustentem no longo prazo, alvos de fritura de petistas.
Um exemplo citado é do recém-nomeado Celso Sabino, do União Brasil, que chegou ao cargo de ministro do Turismo, mas não conseguiu se apoderar da Embratur, como queria seu partido.
O ministro da Secretaria das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, tenta conduzir a negociação de forma pacífica, sem desgastes, para não dividir a base do governo no Congresso, que já é frágil.