PF intima Bolsonaro a depor em caso de empresários que discutiram golpe de Estado
O depoimento está previsto para o dia 31 deste mês
A Polícia Federal (PF) intimou Jair Bolsonaro (PL) a prestar depoimento, na investigação sobre o caso de empresários que discutiram golpe de Estado em mensagens de WhatsApp. A defesa do ex-ocupante do Planalto quer ter acesso aos autos da investigação antes de ele ser ouvido. O depoimento está previsto para o dia 31 deste mês. Nos textos enviados pelo aplicativo, os empresários apoiadores de Bolsonaro defenderam um golpe de Estado no Brasil caso Luiz Inácio Lula da Silva vencesse a eleição presidencial.
Na segunda-feira (21), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o arquivamento de investigação contra seis dos empresários que foram alvos de mandados em agosto de 2022, em razão de conversas sobre um suposto golpe. O ministro também concedeu à PF mais 60 dias para que seja feita mais investigação contra os empresários Luciano Hang e Meyer Joseph Nigri.
Durante a sua gestão, Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que o Judiciário atrapalhava o governo. Ele também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição.
Neste ano (2023), policiais federais iniciaram investigação no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. No aparelho, a PF encontrou uma minuta para um golpe de Estado no País com a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e que previa estado de sítio “dentro das quatro linhas” da Constituição. O militar está preso desde maio após acusação de envolvimento em fraudes em cartões de vacina.
Em 30 de junho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível por oito anos por ter acusado sem provas o sistema eleitoral brasileiro de não ter segurança contra fraudes. Em novembro do ano passado, o TSE multou o PL em R$ 22,9 milhões depois que o partido questionou a confiança das urnas eletrônicas.