Militares não devem criar embaraço à eventual prisão de Jair Bolsonaro

Ao que tudo indica, não haverá pressão da caserna para impedir a aplicação da lei

Manifesto contra Bolsonaro une artistas e intelectuais de diversas tendências
Manifesto contra Bolsonaro une artistas e intelectuais de diversas tendências (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

A possível prisão de Jair Bolsonaro (PL) enfrenta um novo cenário, pois aliados próximos do ex-presidente argumentam que a falta de apoio dos militares pode ser um fator crucial para sua condenação. De acordo com esses aliados, a relação entre Bolsonaro e os militares se deteriorou, especialmente após o envolvimento do general Mauro Lourena Cid no escândalo das joias, segundo informa a colunista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.

Antes disso, havia expectativas de que setores militares poderiam intervir junto ao Judiciário em favor de Bolsonaro e da liberdade do tenente-coronel Mauro Cid, filho do general e uma figura central nos escândalos que cercam o ex-presidente. No entanto, a descoberta de supostos esquemas de caixa dois, envolvendo tanto o tenente-coronel quanto o general, teria minado qualquer possibilidade de intervenção dos militares nos processos judiciais.

Em consequência, muitos militares decidiram se distanciar do problema, deixando Bolsonaro em uma posição mais vulnerável diante das investigações em curso. O general Mauro Lourena Cid se tornou alvo de investigações após mensagens de seu filho sugerirem que ele teria auxiliado na comercialização de objetos de luxo de Bolsonaro no exterior, levantando suspeitas de um caixa dois em benefício do ex-presidente.

O apoio que os militares costumavam representar para Bolsonaro, durante seu governo, parece ter diminuído significativamente, adicionando uma camada de incerteza ao futuro político do ex-presidente. O desenrolar dessas investigações continuará a ser observado de perto, enquanto aliados e o público em geral aguardam os próximos passos nesse cenário político em constante evolução.

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