Paxuca Castro, um artista de Remanso em ferro, aço e sucata
Remanso é.
Simples assim, que pode ser completado com Remanso é calmo, é lindo, é longe. A 715 quilômetros de Salvador, a 205 quilômetros de Petrolina e a menos de 100 quilômetros de São Raimundo Nonato, as duas maiores cidades próximas.
Mas, falar destas distâncias, que se refletem no falar, no vestir e no andar; nas construções; ainda não caracteriza a Remanso que queremos dar a conhecer.
As pessoas, estas sim são distintas. Os artistas se sobressaem e Remanso, proporcionalmente, formou mais médicos e advogados (Em Brasília, Recife e São Paulo), que muitas cidades bem maiores.
Os remansenses, duros e resistentes, como caroá que era produzido e processado em Remanso. Resistentes e flexíveis. E assim também é a arte.
Entre tantos se destaca Paxuca Castro. Aos 48 anos, ele produz, em sucata, ferro e aço, peças, que apesar da dureza do material que são construídas, nos parecem, à vista, leves, suaves e marcantes.
Pintadas, do dourado que ele gosta, ou ao natural, conseguem prender nossa atenção pelo detalhe, pela identificação imediata de cada pedaço que são compostas e nos espantar pelo conjunto que formam.
Paxuca, que se entedia no minúsculo espaço da oficina onde conserta máquinas de lavar, já voou alto. Vendeu peças em Brasília, Buenos Aires e Lisboa. Já esteve nos noticiários de TV e, assim, sem mais nem porque, resolveu se aquietar.
Os dois filhos já estão crescidos e a esposa “tranquila” e Paxuca aceitou voltar. Não produziu uma peça sequer, mas pediu e lhe foram emprestadas peças que ainda estão em Remanso, Petrolina e Juazeiro. Vai mostrá-las ao mundo entre os dias 31 de agosto a 02 de Setembro na 16ª EXPOREMANSO.
“Quero voltar a produzir, quero vender, quero ver a arte de Remanso no mundo” – É isso que move Paxuca.