Empresário decide fazer doação para que animais tenham água para consumo
Redação
O sol forte chegou na região nordeste, junto com ele se espalha a seca deixando a caatinga cinzenta em todas as regiões, inclusive no Vale do Salitre, nas áreas de sequeiros.
São muitos os animais nesta época que chegam de outros lugares à procura de água e pastos. Na Fazenda Alegre, Salitre, eles chegam debilitados formando uma grande manada espalhada pela malhada. O único poço artesiano da comunidade funciona precariamente devido a pouca vazão. O manancial precisa de ajuste, ser ampliado para ter condições de atender a demanda.
Ao saber da realidade da situação, o agricultor do município de Uauá, César Augusto Cardoso Rodrigues, o popular César de Loura, decidiu por conta própria oferecer ajuda para que o poço fosse ampliado. “Desde os anos 80 trabalho na área de reciclagem cujo objetivo é mais voltado para melhorar o meio ambiente e a qualidade de vidas das pessoas. Nesta minha jornada não recebo ajuda de governos estadual, federal ou de entidades”.
Enquanto os projetos anunciados pelos governos estadual e federal não saem do papel, Cesar de Loura foi sensível quando disponibilizou ajuda. “Eu venho de uma família que tem um grande coração, que sempre se preocupou com o bem estar das pessoas. Eu sempre colaboro fazendo as coisas de coração sem olhar a cor e o lado político. Até a minha mulher se zanga porque colaboro demais. Este é o meu jeito natural de ser”, disse aos risos.
“É triste vê um animal debilitado com sede e fome é chegar em um barreiro ou bebedouro vazio. Isso corta o meu coração, me deixa emocionado. Eu não tenho nada, faço o que posso para ajudar os bichinhos para ter água e comida”, disse emocionado.