União de mentirinha

Opinião

Na fala que fez, anteontem, no seminário da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), a governadora Raquel Lyra (PSDB) voltou a falar em união, paz e espírito de unidade em prol do Estado, no mesmo tom após proclamada eleita a primeira chefe de Estado dos pernambucanos.

O recado foi para uma plateia formada basicamente por políticos, entre prefeitos, deputados, assessores e vereadores. Ninguém encarou a sério por um simples motivo: é quilométrica a distância que separa o discurso da ainda tucana (está acertada para se filiar ao PSD) com a prática.

A união dela é pura retórica, principalmente na sua relação com os prefeitos do outro lado do balcão. O exemplo perfeito e mais acabado dessa situação o Estado assistiu, atônito, em julho passado, no Festival de Inverno de Garanhuns. Raquel agiu com espírito bélico e não de união quando alijou o prefeito Sivaldo Albino de todo o processo decisório do evento.

Sequer comunicou a data. Ele soube pela mídia. Hostilizou Sivaldo e humilhou a equipe do prefeito com a sua empáfia, escalando assessores sem um mínimo de educação doméstica para tratar com a gestão municipal. Pacificação, para ela, é da boca para fora. Quer mais um exemplo? Acabou de lançar um programa de incentivo do turismo no Interior deixando não apenas a turística Garanhuns de fora, mas também Petrolina.

Acho que a governadora não sabe o que diz. Pacificador foi o ex-governador Eduardo Campos, que uniu opositores, governou um Estado sem oposição, trazendo para junto de si até o hoje senador Jarbas Vasconcelos, a quem derrotou na eleição de 2010 por uma avalanche de votos. A unidade virou realidade porque Eduardo teve humildade, capacidade de diálogo e bom senso, pré-requisitos que a governadora não tem, para a infelicidade de um Estado que precisa voltar a urrar como Leão do Norte.

Por: Magno Martins

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