À PF, Cid detalhou ‘fluxo financeiro’ de Bolsonaro e o funcionamento do gabinete do ódio
Em relação ao “fluxo financeiro”, os investigadores apuram se o centro dessas movimentações estaria em Miami, nos Estados Unidos
O ex-ajudante de ordens Mauro Cid detalhou à Polícia Federal como funcionava o esquema do “fluxo financeiro” de Jair Bolsonaro e também falou sobre como operava o gabinete do ódio no Palácio do Planalto para atacar adversários e o sistema eleitoral, segundo Valdo Cruz em sua coluna no G1. Em relação ao “fluxo financeiro”, o colunista apontou que os investigadores apuram se o centro dessas movimentações estaria em Miami, nos Estados Unidos.
Ele lembra que o tenente-coronel passou mais dez horas depondo à PF na quinta-feira (31) e que, ao todo, Mauro Cid já tem mais de vinte horas de depoimento à corporação. O pai dele, o general Lourena Cid, também está negociando colaborar com a PF. “A cúpula do PL avalia que a ‘lambança’ do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias vai custar caro para ele e deve miná-lo politicamente para as próximas eleições municipais”, escreveu Valdo Cruz, apontando ainda que “segundo integrantes do partido, a partir de um caso que não deveria nem ter acontecido, todos os ‘rolos’ do governo Bolsonaro estão sendo revirados pela Polícia Federal”. Isso porque para além do caso das joias, Cid está detalhando outros aspectos do governo Bolsonaro. Segundo a jornalista Helena Chagas, espera-se para os próximos dias mais informações sobre o clã Bolsonaro, desta vez partindo do FBI, que teria dados “bombásticos” sobre negociações da família relacionadas a imóveis e outros bens nos Estados Unidos.
O jornalista aponta ainda que interlocutores do ex-presidente dizem que ele “errou feio” ao sinalizar que estaria abandonando Mauro Cid. “Segundo eles, ao sentir o risco de ser abandonado e vendo as investigações chegarem a seu pai, o tenente-coronel não teve outra saída senão começar a colaborar com as investigações da Polícia Federal”, escreve Cruz. Mauro Cid estaria “falando tudo”, segundo investigadores, que avaliam que “a casa caiu” para Bolsonaro.