“Margem Equatorial deve ser explorada e é questão de soberania nacional”, diz Guilherme Estrella, o pai do pré-sal
“É uma questão de Estado, de política pública, de garantir a soberania nacional. A Petrobras tem todas as condições de resolver essa parada”, diz ele
O geólogo Guilherme Estrella, conhecido como o “pai do pré-sal” devido à sua gestão na Petrobras durante o início da exploração dessa camada de petróleo e gás, declarou em uma entrevista à jornalista Denise Lima, do jornal Estado de S. Paulo, que a estatal brasileira está mais do que apta a enfrentar o desafio representado pela Margem Equatorial, assim como fez no pré-sal. Estrella enfatizou que a exploração nessa região deve fazer parte do portfólio da Petrobras, considerando-a possivelmente a última fronteira petrolífera.
Guilherme Estrella ressalta que, embora as questões ambientais sejam mais complexas na Margem Equatorial, a tecnologia da Petrobras evoluiu consideravelmente desde o início da década do pré-sal. Ele acredita que manter a produção elevada é uma questão de soberania nacional e que a Petrobras tem todas as condições de cumprir esse desafio.
Para o geólogo, assim como ocorreu na época do pré-sal, a Petrobras precisa dialogar com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para demonstrar que pode atender a todas as exigências do órgão. Ele enfatiza que a região da Margem Equatorial não é totalmente desconhecida para a empresa, que já perfurou poços na área sem incidentes significativos. Os rumores de que a estatal teria perdido equipamentos na nova fronteira devido à força das marés no norte do Brasil são minimizados por Estrella.
“Isso faz parte de uma exploração como essa, mas não é nada que a Petrobras não possa resolver”, afirma o geólogo. “É uma questão de Estado, de política pública, de garantir a soberania nacional. A Petrobras tem todas as condições de resolver essa parada”, ressalta Estrella, que tem sido convidado a compartilhar sua experiência no setor em universidades de todo o país. Com seu histórico de sucesso no pré-sal, suas palavras reforçam a importância da Petrobras enfrentar o desafio da Margem Equatorial como uma oportunidade valiosa para o desenvolvimento do setor petrolífero no Brasil.