“Pior que está tudo documentado” disse Cid a Wajngarten após escândalo das joias ser revelado pela imprensa

As mensagens trocadas entre o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, revelam preocupação com o escândalo

(Foto: Alan Santos/PR | Reprodução)

Uma troca de mensagens entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair bolsonaro (PL) e o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, que atua na defesa do ex-mandatário, ocorrida pouco após o escândalos das jóia sauditas ser revelado pela imprensa, poderá complicar ainda mais a situação dos envolvidos no caso. nas mensagens obtidas pela colunista Juliana Dal Piva, do UOL, Cid revela o temor da revelação: “o pior é que está tudo documentado”.

A conversa entre Cid e Wajngarten teve início após o jornal O Estado de S. Paulo revelar que as joias presenteadas pela monarquia saudita ao Estado Brasileiro  haviam sido apreendidas no aeroporto de Guarulhos em 2021, e que Bolsonaro tinha tentado recuperar os objetos valiosos em dezembro de 2022, faltando poucos dias para terminar o mandato e viajar para os Estados Unidos.

“Após receber a reportagem de Cid, Wajngarten escreve ao militar: ‘Eu nunca vi tanta gente ignorante na minha vida’. No diálogo, porém, não fica claro a quem o advogado se refere.Cid então responde a Wajngarten: ‘Difícil mesmo. O pior é que está tudo documentado’. Na sequência, o advogado pergunta: ‘Documentado como? explique-me por favor’. Cid, então, envia uma série de mensagens. O ex-ajudante de ordens, porém, apagou as mensagens depois e, no arquivo visualizado pela coluna, não foi possível saber o que ele disse”, destaca a reportagem.

Cid também gravou um áudio sobre a situação que foi enviado a Wajngarten. “O presidente só ficou sabendo no final do ano, quando o chefe da Receita [Federal] avisou que tinha um bem presenteado para ele que estava ali. Então foi só bem no final do ano que ele ficou sabendo. Não sei dizer a data. Tanto que, em 2022, ninguém tocou nisso aí. Por isso que entrou para leilão, porque ficou mais de um ano”, disse o militar.

Na ocasião, o então chefe da Receita Federal era Julio César Vieira Gomes e o  leilão a que CId se referia foi suspenso após o escândalo se tornar público e passar a ser  investigado pela Polícia Federal.

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