Opinião
No primeiro 7 de Setembro do seu terceiro Governo, na próxima quinta-feira, o presidente Lula planeja um desfile cívico-militar que represente um contraponto aos que eram promovidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ideia é promover uma cerimônia do tamanho da realizada pelo ex-mandatário do Palácio do Planalto, mas sem conotação partidária.
Lula quer dissociar o 7 de Setembro da gestão passada. Em anos anteriores, Bolsonaro costumava promover eventos político-partidários com grande presença de apoiadores, logo após o desfile na Esplanada dos Ministérios. Por isso, auxiliares palacianos defendem que, no dia, Lula evite fazer discurso público, diferenciando-se de seu antecessor.
O governo avalia ainda adotar um slogan que remeta o feriado nacional a uma data de todos os brasileiros. Em contrato publicado no Diário Oficial da União, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República estima um gasto de R$ 3,1 milhões com planejamento, coordenação, supervisão e execução da festividade.
Em 2022, ano do Bicentenário da Independência, a previsão da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República foi de R$ 3,4 milhões, valor corrigido pela inflação do período. Para este ano, o edital aberto pelo governo petista calcula uma capacidade de público de cerca de 40 mil pessoas, “sendo 30 mil acomodadas nas arquibancadas e 10 mil pessoas de público circulante nas imediações do desfile”.
Sem manifestações – Outra preocupação do Palácio do Planalto é com a segurança do evento. Há quase um mês, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) tem discutido com os ministérios da Defesa e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência como será o reforço de policiamento na área do evento de 7 de setembro. Pelo menos dois mil policiais militares do Distrito Federal também serão convocados para reforçar a segurança na Esplanada dos Ministérios. Manifestações não poderão ocorrer no local.