Justiça manda tirar do ar material didático do governo de São Paulo que contém erros crassos

O material diz, por exemplo, que a cidade de São Paulo tem praias e que água contaminada por transmitir Parkinson, Alzheimer e depressão

Renato Feder (à esq.) e Tarcísio de Freitas
Renato Feder (à esq.) e Tarcísio de Freitas (Foto: Flávio Florido/Seduc-SP)

A juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti atendeu ao pedido de uma ação popular, apresentada por Maria Isabel Azevedo Noronha, e mandou tirar do ar a apostila virtual elaborada pelo governo de São Paulo, de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que continha erros crassos de informação e gramática, informa a GloboNews.

O material, elaborado pela Secretaria de Estado de Educação, liderada por Renato Feder, dizia, por exemplo, que foi Dom Pedro, e não a Princesa Isabel, quem assinou a Lei Áurea. Além disso, havia na apostila digital a informação de que água contaminada poderia transmitir Parkinson, Alzheimer e depressão. Os slides também falavam em supostas praias na cidade de São Paulo. Havia ainda erros de ordem gramatical, como na frase: “o pedaço de carne caíram [sic] na água”.

De acordo com a determinação da magistrada, o material fica suspenso até que seja revisado e siga os padrões estabelecidos pelo Ministério da Educação e diretrizes curriculares.

“A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, e deve ser ministrada com garantia de padrão de qualidade e com uma base nacional comum, sem prejuízo de eventual complemento, em conformidade com as características regionais, mas tal complemento não significa incluir informações equivocadas ou erros graves, não condizentes com os preceitos do bom aprendizado”, diz a juíza em decisão.

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