Com o dinheiro caindo, prefeitos estão à beira do ataque de nervos

Por: Levi Vasconcelos

Reunião extraordinária "Sem FPM não dá", realizada na sede da UPB na segunda-feira, 10
Reunião extraordinária “Sem FPM não dá”, realizada na sede da UPB na segunda-feira, 10 – 

Habitualmente prefeitos sempre usam o último repasse do FPM no mês, o do fim, para pagar salários. Deu errado. Houve uma queda de 7,5%, eles deixaram para completar agora, na primeira parcela de setembro, piorou. Veio 30% a menos se comparado com o mês anterior.

Foi por conta disso que a UPB, a União dos Municípios da Bahia, fez ontem uma reunião em caráter emergencial e reuniu 130 prefeitos. Eles vão fazer nova marcha a Brasília dias 3 e 4 de outubro para pedir socorro.

Quinho de Belo Campo (PSD), o presidente da UPB, diz que o cenário é muito ruim.

— Os prefeitos e prefeitas não estão conseguindo honrar os seus compromissos e não há perspectivas de soluções imediatas

Reeleição —Eles atribuem as dificuldades ao efeito da  Covid, em dois flancos. Durante a pandemia, com as escolas fechadas, as despesas foram bem menores. Além disso, a retirada do imposto da gasolina, o ICMS, um dos componentes do FPM, mais os próprios prejuízos gerados pela retração de alguns setores da economia, como a indústria automobilística em geral, que ainda não se recuperou, como as causas principais.

Outro detalhe perturba a vida dos executivos, a eleição de 2024. Muitos já estão atrasando salários e um deles, apto a disputar a reeleição ano que vem, como a maioria,  admite que ainda não sabe se vai.

— E o povo quer saber lá de queda nos repasses? Nós é que pagamos o pato, ficamos com a culpa de maus gestores, sem ter culpa.

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