“O zero dois do Exército está do nosso lado”, disse o empresário que está no centro da Operação Perfídia

O empresário brasileiro Gláucio Octaviano Guerra é uma figura central nesse caso

Braga Netto e a Polícia Federal
Braga Netto e a Polícia Federal (Foto: Alan Santos/PR | Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Conversas obtidas pelo serviço de imigração dos Estados Unidos e compartilhadas com a Polícia Federal (PF) colocaram o general Walter Braga Netto no centro de suspeitas de desvios em contratos durante sua intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro em 2018, durante o governo Michel Temer. As mensagens indicam que Braga Netto teria se envolvido em negociações duvidosas, prometendo apoio para contratações sem licitação e com possíveis superfaturamentos, segundo reportagem do jornalista Fausto Macedo, no Estado de S. Paulo.

O empresário brasileiro Gláucio Octaviano Guerra, que atualmente reside nos Estados Unidos, é uma figura central nesse caso. Ele é sócio da CTU Security LLC, uma empresa de equipamentos de segurança que foi contratada pelo Gabinete da Intervenção Federal no Rio para fornecer coletes balísticos. No entanto, o contrato foi suspenso devido a irregularidades nos documentos apresentados pela empresa, e o TCU apontou suspeitas de conluio e superfaturamento de R$ 4,6 milhões.

Guerra alega que Braga Netto teria prometido apoiar a liberação dos coletes durante um almoço e, posteriormente, compartilhou mensagens afirmando que o “zero dois do Exército Brasileiro, que foi o interventor federal, está do nosso lado”. Além disso, surgiram informações de que o general da reserva do Exército, Paulo Roberto Correa Assis, e o coronel Robson Queiroz Mota estariam envolvidos em atividades de lobby para favorecer a CTU Security. Essas acusações estão sob investigação na Operação Perfídia.

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