Após tomarem posse como novos ministros do governo Lula, Sílvio Costa Filho (Republicanos) e André Fufuca (PP) concederam entrevista à imprensa. Costa Filho, que assumiu a pasta de Portos e Aeroportos, afirmou ter o “desejo” de trabalhar pela “não privatização” do Porto de Santos, o maior da América do Sul.
Lula deu posse aos novos ministros em uma cerimônia fechada à imprensa. Márcio França, que era o titular de Portos e Aeroportos, assumiu a nova pasta do Empreendedorismo. A reforma feita por Lula aumentou de 37 para 38 o número de ministérios do governo e incluiu no primeiro escalão Fufuca e Costa Filho, representantes do PP e do Republicanos, dois partidos que integram o Centrão.
Na entrevista, Silvio Costa Filho afirmou que a ideia é não desestatizar, mas afirmou que conversará com o setor produtivo sobre o tema. “O porto de Santos, o nosso desejo é de trabalhar pela não privatização, mas vamos dialogar com o setor produtivo”, declarou o novo ministro.
Costa Filho é filiado ao Republicanos, partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que defendia a desestatização do porto de Santos quando era ministro da Infraestrutura da gestão Jair Bolsonaro (PL).
O presidente Lula é contra a privatização do porto, mesma posição do ex-ministro de Portos Aeroportos Márcio França, que nesta quarta tomou posse no novo Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Na entrevista, Silvio também afirmou que pretende lançar em breve o programa Voa Brasil, idealizado por Márcio França, que terá o objetivo de baratear passagens aéreas para alguns grupos de pessoas, como aposentados.
“Hoje à noite, já temos reunião com os ministros de Minas e Energia e Turismo para trabalhar com companhias aéreas para buscar redução dos preços das passagens. Importante para aposentados, o Voa Brasil é um projeto que em breve queremos apresentar”, concluiu.