Secult se pronuncia após diretor do Festival de Jazz do Capão culpar secretário por cancelamento do evento
A Secretaria de Cultura da Bahia (Secult-BA) se pronunciou após o diretor do Festival de Jazz do Capão, Rowney Scott, culpar o titular da pasta, Bruno Monteiro, pelo cancelamento do evento. Em nota, a Secult afirma que o prazo do edital de financiamento terminou antes de a nova gestão assumir.
“Reconhecemos a importância do Festival de Jazz do Capão e dos demais eventos calendarizados do estado da Bahia. No entanto, nos cabe esclarecer que o Edital de Eventos Calendarizados teve seu prazo encerrado em 2020 e foi estendido pela gestão passada, o que garantiu o financiamento dos eventos em 2021 e 2022 sem precisar disputar um novo edital. Esse prazo encerrou em dezembro de 2022”, diz o texto.
A nota diz ainda que “desde o início da atual gestão, temos trabalhado para lançar um novo edital atendendo os novos marcos legais do MROSC, com uma execução garantida de no mínimo 3 anos de financiamento aos eventos contemplados, inclusive prevendo uma ampliação na quantidade de eventos atendidos”. “Com certeza teremos à frente a continuidade de eventos e manifestações culturais tão importantes para nosso calendário baiano, após esse necessário ajuste legal. Ainda este ano o novo edital será lançado para apoiar eventos calendarizados a partir do ano que vem”, acrescenta.
Entenda
O diretor do Festival de Jazz do Capão, Rowney Scott, por meio de vídeo divulgado nas redes sociais comentou sobre o cancelamento do evento. Segundo o cineasta o fato se deu por falta de diálogo por parte do titular da Secretaria de Cultura da Bahia (Secult), Bruno Monteiro.
Scott afirma que o projeto acontecia por meio do edital de projetos calendarizados desde 2017, assim como outros eventos, mas até hoje não foi recebido por Monteiro para tratar sobre o assunto.
“Em janeiro desse ano o grupo de calendarizados protocolou uma carta ao secretário Bruno Monteiro solicitando uma reunião para tratar da continuidade do edital. Nós nunca fomos recebidos pelo secretário, que sequer recebeu a nossa carta. Uma falta de consideração e de interesse, inconcebíveis para o secretário que prometeu dialogar e estar atento aos fazedores de Cultura e às suas produções”, disse o idealizador do evento.