Segundo reportagem do The Guardian, uma fonte policial revelou que a decisão de prender o jovem foi baseada na natureza violenta das ameaças, com comentários como “vamos cortar sua garganta” e “detesto seu tipo… vá morrer, vá se matar”.
O adolescente saiu da sala de aula algemado, uma medida rara que recebeu críticas de pais e alunos. Ouvido pela reportagem, o porta-voz do governo, Olivier Veran, garantiu que a prisão foi feita “em conformidade” com as políticas contra comportamentos abusivos.
“É assim que acabamos com essa praga de assédio, é também como vamos proteger nossos filhos”, disse ele ao Guardian.
Além de pais e alunos que criticaram a ação, o representante de um sindicato de educação Didier Georges declarou que, embora a prisão tenha seguido as regras, “o bom senso ditaria que tais prisões não fossem feitas em sala de aula, mesmo quando completamente justificadas”.
A polêmica surge dias depois da revelação de que autoridades da Educação tinham enviado uma carta aos pais de um menino que denunciou sofrer bullying, condenando como “inaceitável” a acusação. O menino, identificado como Nicolas, de 15 anos, se suicidou em 5 de setembro, em Paris, um dia depois da volta às aulas.